8 Dec 2022
Após tentar dissolver Parlamento, presidente peruano é destituído do poder; entenda

Eleito em 2021, em uma eleição extremamente polarizada, Castillo venceu Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori. À época, a candidata derrotada questionou na Justiça Eleitoral o resultado das eleições, causando uma série de manifestações de apoiadores dos dois lados.
Antes mesmo da posse, Castillo já havia ameaçado fechar o Congresso em caso de oposição dos parlamentares a seus planos. Dois meses após assumir, o presidente lidou com a primeira crise do governo, com a renúncia aos cargos por parte do primeiro-ministro e todo o gabinete ministerial. De lá pra cá, foram três pedidos de impeachment.
Ao anunciar em uma transmissão pública, nesta quarta-feira (7), a dissolução do Congresso e ao convocar novas eleições, em resposta ao último pedido de impeachment que sofreu, Castillo foi acusado de “incapacidade moral” para seguir no poder. As Forças Armadas também não apoiaram o presidente.
A Suprema Corte do Peru classificou a atitude de Castillo como golpe de Estado e determinou que a vice, Dina Boluarte, assuma a Presidência. Já no posto, ela escreveu que Castillo rompeu a ordem constitucional, momentos antes dele ser preso. "Trata-se de um golpe de Estado, que agrava a crise política e institucional que a sociedade peruana terá que superar com apego estrito à lei", declarou.
Fotos: Renato Pajuelo / AP Photo. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.