Após tentar dissolver Parlamento, presidente peruano é destituído do poder; entenda

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Pedro Castillo, presidente peruano até esta quarta-feira (7), foi levado para uma base policial no leste da capital Lima após de dissolver o Parlamento. Ele deve permanecer na base da Diretoria de Operações Especiais por até 15 dias, sob investigação. Ele foi destituído do cargo pelo Congresso do país.
 
Eleito em 2021, em uma eleição extremamente polarizada, Castillo venceu Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori. À época, a candidata derrotada questionou na Justiça Eleitoral o resultado das eleições, causando uma série de manifestações de apoiadores dos dois lados.
 
Antes mesmo da posse, Castillo já havia ameaçado fechar o Congresso em caso de oposição dos parlamentares a seus planos. Dois meses após assumir, o presidente lidou com a primeira crise do governo, com a renúncia aos cargos por parte do primeiro-ministro e todo o gabinete ministerial. De lá pra cá, foram três pedidos de impeachment.
 
Ao anunciar em uma transmissão pública, nesta quarta-feira (7), a dissolução do Congresso e ao convocar novas eleições, em resposta ao último pedido de impeachment que sofreu, Castillo foi acusado de “incapacidade moral” para seguir no poder. As Forças Armadas também não apoiaram o presidente.
 
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A Suprema Corte do Peru classificou a atitude de Castillo como golpe de Estado e determinou que a vice, Dina Boluarte, assuma a Presidência. Já no posto, ela escreveu que Castillo rompeu a ordem constitucional, momentos antes dele ser preso. "Trata-se de um golpe de Estado, que agrava a crise política e institucional que a sociedade peruana terá que superar com apego estrito à lei", declarou.
 
Fotos: Renato Pajuelo / AP Photo. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.

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