16 Nov 2023
Após sucesso do Jantar Preto em Salvador, KeLe AG & MOOC planejam tornar evento itinerante
Juntos em torno de uma mesa com 70 convidados - gente das artes, da música, moda, economia, influenciadores - potências pretas da Bahia de várias origens, saberes diversos e idades variadas. “Para mim foi muito importante não olhar só para a galera jovem. Porque a galera jovem é a galera que está agora, né? Mas a gente tem várias outras lideranças ancestrais vivas que também são patrimônios culturais dentro da Bahia”, destacou David.
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O Jantar Preto foi idealizado pelo criativo, ao lado do sócio com o objetivo redefinir as narrativas de luxo, criando um espaço de celebração exclusivo para pessoas negras.
Com tantas trocas e representatividade, o evento — em sua terceira edição — tornou-se uma “ode à urgência do pertencimento, uma resposta ao racismo sistêmico”, declara David. “O Jantar Preto não apenas ocupa espaços; ele os cria, oferecendo uma visão de um Brasil onde pessoas negras têm permissão para ditar tendências e mercado”, completa Novaes.
A programação começou com um welcome drink enquanto os convidados passavam pelo black carpet. O som ficou a cargo do DJ Amar Mansoor.
Em seguida, Aloísio Menezes declamou um texto em iorubá que recebeu de Makota Valdina, morta em 2019, e cantou “Sorriso Negro”, de Dona Ivone Lara, espécie de “hino” do Cortejo Afro.
O chef Bahia Brito, que comanda a gastronomia do restaurante Fasano Salvador, assinou o menu. O jantar trouxe os fundamentos do termo Ajeum, que significa "comer juntos”. “Pensamos nesse conceito como uma homenagem ao Ilê Aiyê”, destacou David. O bloco afro foi representado por Vovô do Ilê, Dete Lima e Vivaldo Benvindo.
Os convidados participaram ainda de um after party no rooftop do Hotel Fasano com o DJ Paulilo e Kaydee.
Pertencimento
Para Kevin David, “a ideia de trazer pra Salvador o Jantar Preto — a primeira edição foi em São Paulo, em março — foi pra gente ajudar a ressignificar e naturalizar nossa presença em espaços como o Fasano sem culpa, sem dor e de um jeito alegre, divertido e emocionante”, ressalta.
Com o sucesso do projeto, o Jantar Preto já está tomando uma proporção diferente da KELE, que é uma agência criativa. “Ele está tomando sua própria forma. Tem um modelo e agora tem uma marca. E a partir disso, com a comunidade negra criando seus próprios espaços, não fica refém daquilo que é oferecido, é convidado, diz Novaes, que já prepara, ao lado do sócio, a próxima edição. “A ideia é que o Jantar comece a ser itinerante também. A gente comece a rodar para entender como que funciona a economia criativa negra em cada um dos locais do Brasil”, adiantou.
Com a presença de artistas, influenciadores e lideranças negras da cidade, o Jantar Preto foi realizado em parceria com a Meta, empresa proprietária do Facebook, Instagram e WhatsApp, Flagcx e o Alô Alô Bahia como parceiro de mídia local.
*Colaborou Naiana Ribeiro. Fotos: Elias Dantas/Alô Alô Bahia.
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