Após 50 anos, Makro decide deixar mercado brasileiro. Saiba o motivo

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Meio século após chegar ao Brasil, o grupo Makro está preparando o terreno para dizer adeus. Em um movimento já antecipado pelo mercado há mais de dois anos, quando a rede repassou 30 lojas para o Atacadão – duas delas em Salvador –, a empresa agora arquiteta a venda de seus 24 pontos de venda remanescentes no país.

Segundo o jornal O Estado de São Paulo, o grupo contratou o Santander para encontrar um comprador. Ainda nas mãos do grupo holandês SHV, o Makro está presente no Brasil há 50 anos e, até 2020, tinha presença em vários estados, incluindo as lojas de Pirajá e da Avenida Tancredo Neves, na capital baiana.

Ao se desfazer da maior parte de suas lojas, concentrando-se principalmente em São Paulo, a companhia teria ficado pouco competitiva em relação a gigantes como Atacadão (do grupo francês Carrefour) e Assaí (do também francês Casino). Por isso, segundo o Estadão, o grupo holandês decidiu que é melhor desistir do mercado brasileiro.

Ainda de acordo com o jornal, as 24 lojas que ainda restam devem render, no máximo, R$ 2 bilhões à companhia. É um valor parecido com o obtido com o repasse das 30 unidades ao Atacadão, de R$ 1,95 bilhão.

Enquanto o Makro reduziu sua operação, os grandes atacarejos (que unem atacado e varejo num só lugar) têm feito fortes movimentos de expansão. Recentemente, cerca de 70 lojas do Extra Hiper, marca que o Grupo Pão de Açúcar desativou, foram incluídas na expansão da bandeira Assaí.

Outra razão para o Makro dar adeus à operação no Brasil é o fato de a matriz já ter deixado o negócio de varejo na Europa há mais de duas décadas – a marca ainda existe, mas foi licenciada a um grupo alemão.

O SHV também já deixou o varejo na Ásia e na África. O outro grande negócio do grupo holandês no país é a Supergasbras, do setor de energia. As informações são do Estadão.

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