6 Sep 2023
Ao falar do Sete de Setembro, Lula lembra que “a Independência só veio depois”, no Dois de Julho

“[O Sete de Setembro] é uma festa importante, que o Brasil conquistou soberania, diante do país colonizador. Se bem que a Independência só veio depois, mesmo. Houve muitas lutas em outros estados. A mais marcante é o Dois de Julho, na Bahia, que foi ali que se expulsou definitivamente os portugueses. Mas eu sempre gostei do Sete de Setembro. Acho que é uma data importante para nós, a nossa Independência”, comentou o líder nacional, que este ano voltou a participar da festa cívica baiana, desfilando no cortejo pelo Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia pelas ruas de Salvador.
Assim que a soberania nacional foi anunciada às margens do Ipiranga, em 1822, os governos provinciais indicados pela Coroa Portuguesa se rebelaram contra o recém-empossado Dom Pedro. Essas rebeliões ameaçaram a manutenção da unidade territorial do Brasil, e entre as províncias onde os confrontos se estabeleceram, destaques para a Bahia, Piauí, Pará e Maranhão, com registros de batalhas até meados do ano seguinte.
Sem ter como enfrentar esses levantes de forma autônoma, o governo brasileiro contratou os serviços militares de oficiais estrangeiros tais como o lorde inglês Thomas Cochrane e o marechal francês Pierre Labatut, até hoje figuras lendárias na história da Bahia e dos outros locais onde conflitos foram registrados.
Durante o programa Conversa com o Presidente, apresentado por Marcos Uchôa e que teve como convidado o ministro da Educação Camilo Santana, Lula também comentou que os militares “se apoderaram” da data comemorativa do Sete de Setembro, e comentou que essa é uma celebração de toda a sociedade brasileira. Neste ano, as comemorações do governo federal tem como slogan “Democracia, Soberania e União”.

“O que aconteceu no Brasil é que, como nós tivemos, durante 23 anos, um regime autoritário, a verdade é que os militares se apoderaram do Sete de Setembro, [que] deixou de ser uma coisa da sociedade como um todo. O que nós estamos querendo fazer agora, com a participação do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, é voltar a fazer um Sete de Setembro de todos, ou seja, o Sete de Setembro é do militar, do professor, do médico, é do dentista, do advogado, do vendedor de cachorro quente, é do pequeno e médio empreendedor individual, porque é de todo mundo. É uma festa importante, que lembra que o Brasil conquistou a soberania diante do país colonizador”, defendeu.
*Por João Galdea. Fotos: Ricardo Stuckert/Arquivo PR e Reprodução.
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