10 Jun 2023
Anvisa aprova injeção para prevenir a infecção do vírus HIV
A terapia é destinada a determinados grupos considerados de maior risco de exposição ao vírus, como homens homossexuais, profissionais do sexo e pessoas que não vivem com o vírus, mas estão em um relacionamento sorodiscordante, em que uma das pessoas vive com o HIV.
Uma das maiores dificuldades para o sucesso da profilaxia é o consumo diário do remédio, o que leva muitas pessoas a desistirem do tratamento a longo prazo. Por isso, os pesquisadores têm investido no estudo de fármacos que podem ser aplicados em intervalos maiores. Um dos mais avançados até agora é o Cabotegravir, indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e já tem aval para uso em países como Estados Unidos, Austrália e Zimbabué.
Nos estudos clínicos, o Cabotegravir apresentou eficácia 69% maior do que os comprimidos diários. A injeção nos glúteos precisa ser tomada apenas 6 vezes ao ano, contra os 365 comprimidos anuais do PrEP. Apesar da concessão do registro de novo medicamento, o Cabotegravir injetável não será, necessariamente oferecido na rede pública de forma imediata. Será necessária ainda uma avaliação do Ministério da Saúde.
O Brasil e o HIV
O avanço de novas formas de prevenção contra o HIV no Brasil se dá em momento em que o número de novas contaminações vem crescendo. Entre 2011 e 2021, por exemplo, o número de diagnósticos passou de 13,7 mil ao ano para 40,9 mil, um crescimento de 198%. Segundo o Ministério da Saúde, um milhão de brasileiros vivem com o vírus. Apesar do cenário, os casos da síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) caíram 18,5% no mesmo período, graças à terapia antirretroviral (TARV), que controla a infecção do HIV, impedindo a evolução para a sua forma grave, que é a Aids.
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Foto: Divulgação.
