Angélica recebe Juliana Paes, Preta Gil e Grazi Massafera no Simples Assim

A apresentadora Angélica conversa sobre vaidade com suas convidadas do ‘Simples Assim’ deste sábado (30), na TV Globo. Juliana Paes, Preta Gil e Grazi Massafera abrem seu coração sobre a ditadura da beleza. Deixando todos os tabus de lado, as atrizes e a cantora falam sobre arrependimentos e orgulhos relacionados à estética e trazem reflexões valiosas sobre os padrões da sociedade. As três participam de um experimento social que busca entender o que é verdade e o que é mentira quando o assunto é beleza. 

O papo rendeu e foi parar no podcast do programa disponível no Gshow e nos principais aplicativos de música e podcasts. Preta Gil diz que não é de hoje que a ditadura da beleza é um tema importante em sua vida. “Estou falando disso há muitos anos já. E quando eu falava disso há 18 anos eu me sentia muito só. As pessoas estranhavam, até pessoas próximas. Elas falavam: ‘Como assim usar biquíni? Como assim não ter vergonha do corpo?’. A opressão é muito radical e nesses 18 anos a gente evoluiu muito. É fato que estamos nos libertando de muitas amarras, mas ainda é muito difícil pra muitas mulheres. A opressão não veio à toa. Ela veio como forma de paralisar as mulheres porque se sabe que unidas somos muito fortes e capazes de tudo”, analisa Preta. 

A cantora relata ainda sua experiência própria sobre como sofreu com essa ditadura imposta pela sociedade. “Quando comecei minha carreira, fiz uma capa nua e estava fora dos padrões. E eu queria que o povo parasse de falar de mim. Tomei remédio, fiz lipo, quando eu vi estava me mutilando. Para agradar a quem? Não a mim, eu estava confusa, sem saber o que estava sentindo. Estava fazendo por causa do outro. É um caminho sem volta quando você pega o fio da meada de se amar. E é aí que a gente traz outras. Vem comigo! Se ame! Se liberte!”, convida Preta, na conversa com a apresentadora.
 
Para Juliana Paes, essa relação de dependência com a ditadura da beleza fica clara no seu relacionamento com seu cabelo, antes alisado e agora, depois de uma transição capilar, cacheado. “Eu não lembrava mais como era meu cabelo. A gente esquece como é, perde a própria identidade. A pandemia me ajudou nesse sentido. De repente eu tirei as extensões, olhei no espelho e falei: cara, meu cabelo é cacheado. É assim. E gostei. Só que eu raramente me deixava aparecer assim. (...) Tem essa coisa cíclica. Primeiro de eu olhar e gostar, depois de eu sentir que outras meninas começaram a falar que começaram a usar o cabelo cacheado também, estão na transição também. E aí eu vi que eu tinha uma responsabilidade naquela brincadeira”.        

A atriz e modelo Grazi Massafera também já se viu fazendo coisas para agradar ao público, mas não carrega arrependimentos neste sentido. “Quando eu comecei nos concursos de beleza, pra agradar, pra ficar no perfil, eu usava ombreira que eu fazia em casa e a colocava no seio”. Ela relata ainda que sofreu na adolescência com a música “Loura Burra”. “Isso era um hino para me desestabilizar no vôlei que eu joguei por anos. As próprias meninas cantavam”, lembra. Apesar de se assumir vaidosa e ter feito coisas para se achar mais bonita, diz que não fez nada a ponto de se arrepender. “Eu coloquei silicone e amo. Isso me fez bem, eu gosto de ter feito”.

Fotos: Reprodução. Siga o Insta @sitealoalobahia.

NOTAS RECENTES

TRENDS

As mais lidas dos últimos 7 dias