Angela Bassett, do ‘Pantera Negra’, visita museu em Salvador e recebe prêmio por pioneirismo cultural

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A atriz estadunidense Angela Bassett, a rainha Ramonda de "Pantera Negra", esteve no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), em Salvador, neste sábado (4), e visitou a exposição Um Defeito de Cor, inspirada no livro homônimo da autora Ana Maria Gonçalves. A atriz, que será premiada com um Oscar honorário ainda neste mês, está na capital baiana para participar do Festival Liberatum, que integra a programação especial para o mês de novembro realizada pela Prefeitura. A visita foi guiada pelas diretoras do museu, Cíntia Maria e Jamile Coelho, e pelo secretário de Cultura e Turismo (Secult) de Salvador, Pedro Tourinho.

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Na exposição, que possui mais de 370 obras de 100 artistas do Brasil e do mundo, a atriz pode conhecer a história do livro, considerado um marco na literatura afrofeminista, através de obras de Mestre Didi, YedaMaria e Ayrson Heráclito. “Um defeito de Cor” narra a história de uma africana escravizada que, após muitas adversidades, consegue sua liberdade e parte em uma jornada em busca do filho. A narrativa aborda de forma profunda e sensível a experiência da escravização no Brasil e a busca pela identidade e liberdade.
 
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Durante a ocasião, Angela Bassett foi homenageada com o prêmio Liberatum pela sua trajetória e pioneirismo cultural. Em seu discurso, a atriz afirmou estar imensamente agradecida pela compaixão e calor com que foi recebida, junta a sua família e amigos, pelos brasileiros e revelou sempre ter tido o sonho de conhecer o Brasil, suas belezas naturais, cultura e as lindas pessoas negras que o constituem.
 
Para Jamile Coelho, a presença de uma atriz como Angela é representativo de todo o processo diaspórico concebido pelo museu. “Estamos em um dos maiores museus de cultura afrodiaspórica das Américas. Então, essa conexão que a gente tem do lado de lá e que a gente traz para as Américas representa um marco histórico na cultura desse país”.
 
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Cintia Maria reforça o caráter histórico da visita de Angela Basset e da reabertura do Muncab, que passou por revitalização. “Estamos fazendo todo esse movimento e está sendo histórico o museu fazer essa prévia da reabertura com a presença de diversos artistas e intelectuais negros do mundo inteiro. A visibilidade para o Muncab é enorme, é um presente para a cidade, especialmente nesse Novembro Salvador Capital Afro”.

Ivete Sacramento, atualmente chefe da Secretaria Municipal da Reparação de Salvador (Semur) também foi homenageada com o prêmio Liberatum. Ivete é professora e foi a primeira reitora negra a dirigir uma universidade no Brasil e pioneira ao implantar cotas para negros na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), O  modelo que passou a ser seguido por instituições de ensino superior em todo o país após reconhecimento pelo STF da sua constitucionalidade e ter a obrigatoriedade assegurada em lei. 
 
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Fotos: Divulgação. 

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