Ameaçadas de extinção, abelhas são preservadas por startup baiana através de pacto com apicultores

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Movimentando hoje uma rede de 200 produtores agrícolas e apícolas e um exército de 24 milhões de abelhas, uma startup com sede na Bahia encontrou um jeito não só de contribuir para a restauração de mata nativa afetada pelo desmatamento, como também de melhorar a produtividade de plantações e preservar abelhas, inseto ameaçado de extinção.

A Bee2Be incentiva produtores de coco a investir na polinização para garantir melhor sustentabilidade dos negócios. Há quase um ano trabalhando com os produtores de uma extensa plantação de coco, que já utilizava as abelhas para aumentar o rendimento das colheitas, a startup desenvolveu ainda uma rede de comércio justo para aproveitar os derivados apícolas.

Ao chegar à Bahia, em 2022, a empresária Simone Ponce, fundadora da Bee2Be, havia se deparado com questões socioeconômicas enfrentadas pela comunidade produtora, como os preços predatórios aplicados na região e a carência de processos sofisticados.

“O produto brasileiro tem grande potencial no mercado exterior e a demanda por itens sustentáveis e de qualidade não para de crescer. Temos orgulho de conectar pequenos produtores a negócios globais, fortalecendo nossa relação com o ecossistema baiano e promovendo a diversidade da Mata Atlântica para o mundo”, defende Ponce.

Itens como própolis e pólen são vendidos em todo o Brasil e também exportados para os Estados Unidos. Entre os clientes do negócio está o United Center, centro esportivo que é a casa do Chicago Bulls, um dos principais times da NBA.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), existem mais de 20 mil espécies de abelhas no mundo. E mais: elas polinizam 71 das cem principais culturas agrícolas usadas como base de 90% da alimentação do planeta.

Ainda assim, estudos apontam que as colônias de abelhas e outros polinizadores estão colapsando, colocando espécies em risco de extinção e ameaçando a produção de comida no mundo. Uma pesquisa publicada por cientistas de vários países em 2021 na revista One Earth concluiu que a quantidade de espécies de abelhas sendo coletadas e observadas na natureza caiu 25% desde 1990, o que pode indicar declínio na diversidade, visto que muitas delas estão se tornando mais raras e, portanto, menos prováveis de serem identificadas.

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Foto: Divulgação/Bee2Be.

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