Aluguéis de casas em Trancoso rendem até R$ 120 mil para nativos e impulsionam economia local

Um dos destinos mais concorridos do Brasil, o vilarejo de Trancoso, no sul da Bahia, virou objeto de desejo para vários tipos de público: quem quer ver e ser visto, os que buscam alguns dias de tranquilidade e, também, por quem quer fincar morada no lugar, que faz parte do município de Porto Seguro. Para cada vontade, uma solução. Além das pousadas, que têm diárias variando de R$ 280 a R$ 10 mil, dependendo da estrutura, localização e serviços oferecidos, dá para alugar uma casa por diária ou temporada e viver Trancoso em todas as suas peculiaridades e atrativos.  
 
De acordo com Jilis Almeida Lima, 31 anos, que atua como corretor de imóveis informal na região – além de pedreiro disputadíssimo -, um morador antigo do vilarejo, dono de uma casa mais simples, consegue ganhar cerca de R$ 120 mil de aluguel por temporada, que vai de dezembro a fevereiro. As diárias variam de R$ 500 a R$ 600 na baixa estação e podem chegar a R$ 2mil no período mais próximo ao Réveillon. “A gente brinca que o pessoal aqui trabalha três meses para tirar o sustento do ano todo”, afirma. “Tem gente que usa o dinheiro para investir em terrenos e fazer novas casas”, revela.  
 
O próprio Jilis comprou um terreno e já levantou duas casas (uma sobre a outra) com o dinheiro das comissões. “Comprei há três anos por R$ 15 mil e fiz a casa. Hoje ela vale cerca de R$ 250 mil, mesmo ficando um pouco distante do Quadrado (a área mais disputada de Trancoso), uns 10 minutos de carro”, explica. O aluguel da morada – com tudo dentro – fica por R$ 800, a diária. Para se deslocar, o cliente pode acionar o próprio Jilis, que trabalha com Mannu Carvalho na realização eventos e no serviço de concierge. “Tem aluguel de carro, taxi, lancha, tudo vai depender da programação da pessoa”. Segundo ele, geralmente os grupos levam 10 dias no vilarejo. “Quem vem para Trancoso também quer circular por Arraial d’Ajuda, Porto Seguro, Caraíva e Praia do Espelho e fica mais tempo”, assegura.   
 
Jilis já está finalizando a segunda casa, que ainda não ficou pronta por causa da escassez de mão de obra. “A construção civil não parou nenhum dia durante a pandemia. Foi o ‘mercado chefe’”, explica. Segundo ele, a quantidade de pessoas que comprou terreno na região para fazer suas próprias casas aumentou muito a demanda por profissionais especializados. “Agora mesmo estou procurando um carpinteiro, mas não encontro”, reclama. 
 
Foto: Shutterstock. Siga o insta @sitealoalobahia.
 

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