3 Nov 2022
Alemanha e Noruega se dizem dispostos a retomar Fundo Amazônia
"Em princípio, estamos prontos para liberar os meios congelados para o Fundo de Preservação da Floresta Amazônica", disse um porta-voz do ministério alemão do Desenvolvimento e Cooperação.
Principal financiador do fundo de proteção, a Noruega decidiu cortar os subsídios em agosto de 2019, alegando que o presidente Jair Bolsonaro não queria impedir o desmatamento. À época, a Alemanha, outro grande contribuinte, adotou o mesmo posicionamento.
"Vamos agora discutir os detalhes com a equipe de transição. Dentro do governo alemão, há uma grande vontade de estender rapidamente a mão", declarou o representante do ministério, sem falar em prazos. Segundo o porta-voz, vai depender das "condições" políticas no Brasil.
De acordo com dados do ministério do Meio Ambiente norueguês, US$ 641 milhões estão atualmente paralisados na conta do Fundo, que tem entre seus objetivos a redução do desmatamento na região, refúgio de biodiversidade. A Amazônia, a maior floresta tropical do planeta, hoje, emite mais CO² do que absorve.
No domingo (30), após a vitória nas urnas, Lula reforçou que o Brasil está disposto a assumir um papel de vanguarda contra a mudança climática, destacando que o planeta precisa de uma "Amazônia viva".
"Estamos convencidos de que Lula tem boas intenções para a floresta amazônica, mas enfrentará uma situação política que complicará seu trabalho", disse Elle Hestnes Ribeiro, da Rainforest Foundation Norway à agência. "Será, portanto, dependente de ajuda internacional, e o Fundo de Preservação da Floresta Amazônica é essencial nesse sentido", finalizou.
Foto: Mauro Pimentel/AFP. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.
