Alemanha adota projeto de lei para facilitar processo de mudança de gênero

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O governo da Alemanha adotou, nesta quarta-feira (23), uma iniciativa que foi considerada uma vitória para a comunidade LGBTQIA+. O projeto de lei de  “autodeterminação do gênero”, que ainda será apresentado no Parlamento, propõe que, para alterar o próprio nome e o gênero, seja necessário apenas preencher uma declaração.

"Um grande momento para as pessoas transgênero e intersexo na Alemanha", assinalou a ministra alemã da Família, Lisa Paus. 

Com base em um texto dos anos de 1980, a legislação alemã considerava, até então, a transidentidade uma doença mental, obrigando as pessoas que pretendessem mudar de gênero a enfrentar um processo longo, dispendioso e criterioso e a submeterem-se a diversos procedimentos, entre os quais dois testes psicológicos e um questionário sobre sua sexualidade. Ao final, estariam sujeitos à validação de um juiz que autorizava ou não a mudança.

O Tribunal Constitucional alemão revogou parcialmente o texto em 2010, abolindo a exigência de esterilização e de cirurgia antes da mudança de gênero. Em 2017, o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem criticou igualmente as exigências previstas na lei alemã.

Previsão

O atual texto do projeto de lei pretende substituir a legislação anterior. Ele prevê que os jovens de 14 anos ou mais possam iniciar o processo sozinhos, com o consentimento dos pais, e que os menores de 14 anos sejam dependentes dos pais ou tutores para iniciar o processo, em seu nome.

O projeto prevê igualmente um período de reflexão, estipulado em três meses. Apenas após este período é que a mudança será validada no registo civil. Visando “garantir a seriedade do pedido”, só será possível fazer um novo pedido de mudança de gênero um ano depois.

A adoção deste projeto de lei representa “uma oportunidade histórica”, para os direitos da comunidade LGBTQ+, disse à agência France Presse, Kalle Hümpfner, porta-voz da associação federal para a defesa dos direitos das pessoas transgênero.




* Por Luana Veiga. Foto: REUTERS.

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