15 Jun 2022
Aleixo Belov abre diário de bordo e conta sobre fortes ventanias na viagem até as Ilhas Aleutas, no Alasca

“Tomei um susto, quem sabe isso poderia se transformar em um ciclone. O mapa da previsão era colorido, com azul no centro e sem vento nenhum, e dos lados amarelo, verde, vermelho e finalmente preto, que indicavam ventos de 50 nós. Tomei um susto e parei o barco por dois dias e meio. Foi um momento de repensar toda a minha vida. Será que as forças da natureza iriam me destruir?”, contou Aleixo.
O velejador fez contato com amigos em Salvador que indicaram seguir, temporariamente, para Leste e aguardar a depressão passar. Quando o centro da depressão se afastou, indo para o Norte, a equipe seguiu com vela e motor e chegou rapidamente em Dutch Harbor nas Ilhas Aleutas, que estava sem vento, com sol brilhando, apesar do frio.
“Tinha pressa, queria chegar antes que uma outra depressão se formasse, coisa comum nestas latitudes. Em Dutch Harbor, as montanhas estavam lindas, todas coroadas de gelo. Fomos bem recebidos e nos alojaram em um terminal flutuante novinho, com água e luz, tudo de graça. De repente, tinha voltado ao paraíso. Só queria saber se merecia toda esta sorte”, destacou Belov.
Acompanham o comandante, nesta missão, o marinheiro Osvaldino Dórea, a oceanógrafa Larissa Nabuco, o fotógrafo Leonardo Papini, a estudante Ellen Brito, o mecânico Hermann Brinker e o engenheiro civil Dilson de Araújo Moreira d'Assumpção.
Foto: Leonardo Papini.Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.