Afroturismo em Salvador: conheça dez lugares para saber mais sobre a cultura africana

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Cidade com maior população negra fora do continente da África, Salvador reúne diversos espaços e eventos banhados pela cultura africana. Desde a culinária até a música, os elementos foram e são responsáveis por diversificar a sabedoria em torno da ancestralidade.

É possível encontrar com facilidade em Salvador diversos locais que dialogam e possuem influências da cultura africana. O Alô Alô Bahia fez uma lista com dez lugares para ajudar a valorizar e homenagear esse conhecimento.

Confira:

1. Muncab – Museu Nacional da Cultura Afro-brasileira

O papel do Museu, além de reunir documentação histórico-cultural afro-brasileira, é promover ações e iniciativas intercambiais com os países e culturas africanas, sobretudo aqueles de onde vieram os maiores contingentes de negros escravos, como Angola, Moçambique e Guiné. São promovidos, também, diversas exposições, oficinas e outros eventos educativos.

O espaço é carinhosamente apelidado de “museu em processo”, já que cultura é um processo contínuo. Sua própria existência é sinônimo de resistência, memória e constante criação enquanto em contato com uma das culturas mais antigas e ricas do universo, que é a cultura dos povos africanos.

Serviço
Muncab – Museu Nacional da Cultura Afro-brasileira
Endereço
: Rua do Tesouro, 61 -127, Centro, Salvador
Funcionamento: de terça-feira a domingo, das 10h às 17h. Acesso até as 16h30.
Telefone: (71) 3022-6722
Visitação Geral – Inteira: R$ 20,00 e meia-entrada: R$ 10,00. Adquira seu ingresso AQUI.
Gratuidade: toda quarta-feira
Toda a programação cultural no Instagram @muncab.oficial / Facebook: Muncab

2. Memorial Mãe Menininha do Gantois

O Terreiro do Gantois é um elemento de preservação e perpetuação da memória e tradição cultural da Bahia e do Brasil. Por isso, foi considerado Área de Proteção Cultural e Paisagística pela Prefeitura Municipal de Salvador e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Histórico e Etnográfico do Brasil.

O “Memorial Mãe Menininha do Gantois” foi criado em 1992 e reúne mais de 500 peças referentes à história, objetos rituais e pessoais de uma das maiores lideranças da religiosidade de matriz africana na Bahia. Saiba mais neste link.

Serviço
Terreiro do Gantois – Ilé Iyá Omi Àse Iyamasé
Endereço
: Rua Mãe Menininha do Gantois, 23 – Federação
Instagram: @terreirodogantois
Site: www.terreirodogantois.com.br
E-mail: contato@terreirodogantois.com.br
Telefone: (71) 3331-9231

3. Acervo da Laje

O Acervo da Laje é montado a partir de obras de artistas do Subúrbio Ferroviário de Salvador e reflete as tensões, expressões e anseios do seu território e a partir do seu território. Com bibliotecas, hemeroteca, coleção de CDs e discos, manuscritos, croquis, conchas, tijolos, azulejos e porcelanas antigas, artefatos históricos, quadros, esculturas em madeira e alumínio, fotografias e objetos que dialogam com toda a Salvador, o Acervo da Laje é composto por duas casas.

A exposição “Memórias para Dona Antônia” é uma homenagem para Dona Antônia, mãe de Vilma, uma das mentes por trás do Acervo da Laje, que desempenhou um papel fundamental, fornecendo o terreno onde a Casa 2 foi construída. Mais informações neste link. Saiba maisneste link.

Serviço
Acervo da Laje
Endereço
: Rua Sá Oliveira, 2 – São João do Cabrito
Instagram: @acervodalaje
Site: www.acervodalaje.com.br
Telefone: (71) 3401-7804. WhatsApp: (71) 99382-8185

4. Casa do Benin

A Casa tem um acervo composto por cerca de 200 peças originárias do Golfo do Benin, colecionadas pelo fotógrafo francês Pierre Verger ao longo de suas viagens realizadas à África, para estudar os fluxos e refluxos entre África e Bahia. Também possui peças relacionadas à cultura afrodiaspórica, doadas por artistas e instituições. Outro fato interessante é que o espaço possui tecidos coloridos pendurados, dando ainda mais vida ao local. Estes tecidos são da artista plástica e designer Goya Lopes, uma das pioneiras a trabalhar de maneira criativa com a moda afro-brasileira.

Serviço:

Casa do Benin
Baixa dos Sapateiros, 7 – Pelourinho, Salvador-BA, 40025-005
Horário de funcionamento
: de terça a sexta, das 10h às 17h. Sábados, das 9h às 16h.
A entrada é gratuita
Telefone: (71) 3202-7890

5. Casa de Angola

A Casa é um pedaço da Angola na Bahia, da nossa história, o espaço onde os baianos podem ter acesso à história de lá e compreender esses laços históricos e culturais entre a Angola e o Brasil, em especial entre a Angola e a Bahia.

A biblioteca do centro cultural tem cerca de 10 mil livros de literatura angolana, além de outros materiais acadêmicos e de cultura africana. Em uma das salas principais da casa, você encontrará duas cadeiras. Chamadas de Ngundja, elas são tronos usados por autoridades tradicionais dos povos Tchokwe (Povo do Nordeste de Angola). Saiba mais neste link.

Serviço
Casa de Angola
Endereço
: Praça dos Veteranos – Centro
Funcionamento: de segunda a quinta, das 9h às 12h e das 13h às 16h; sexta, das 9h às 15h.
Instagram: @casadeangolanabahia

6. Sociedade protetora dos desvalidos (SPD)

Primeira organização civil negra do Brasil, fundada em 16 de setembro de 1832, a Sociedade Protetora dos Desvalidos (SPD), na época chamada de Irmandade de Nossa Senhora da Soledade Amparo dos Desvalidos, foi criada com o objetivo de fazer uma junta de alforria dos negros escravizados e para prestar assistência aos sócios e seus familiares.

A Sociedade foi fundada pelo africano Manoel Victor Serra, que se reuniu com outros homens negros, entre marceneiros, carroceiros, carregadores de água e trabalhadores de ganho, para fazer uma assembleia na Capela dos Quinze Mistérios, no Santo Antônio Além do Carmo. Por lá, os visitantes podem ter acesso a livros, atas, retratos e outros registros do tempo da escravidão. A organização segue com atuação ativa, atualmente, em causas sociais. Saiba mais neste link.

Serviço
Sociedade Protetora dos Desvalidos

Endereço: Largo do Cruzeiro de São Francisco, 017 – Centro, Salvador – BA, 40026-010
Horário de funcionamento: seg a sex – 9h às 18h
Instagram: @spd_sociedadeprotetora
Facebook: @SPDesvalidos
Telefone: (71) 3322-6913

7. Mafro – Museu Afro-Brasileiro

Este é um espaço de coleta, preservação e divulgação de acervos referentes às culturas africanas e afro-brasileiras, com o objetivo de estreitar relações com a África e compreender a importância deste continente na formação da cultura brasileira, incentivando, por outro lado, contatos com a comunidade local. Há também objetos de origem brasileira, relacionados com a religião afro-brasileira da Bahia, incluindo um conjunto de 27 painéis de talhas em cedro de autoria de Carybé, representando os orixás do candomblé da Bahia. Saiba mais neste link.

8. Museu das Baianas de acarajé

O Memorial das Baianas de Acarajé é um espaço dedicado à história e à tradição do ofício das baianas de acarajé. O acervo conta com representações em tamanho natural dos ícones da identidade baiana, com trajes tradicionais bordados, turbantes, material audiovisual, além de utensílios e equipamentos que contam a história da prática e elementos da religiosidade que possuem relação intrínseca com o ofício. O espaço ainda é utilizado para realização de oficinas, palestras e solenidades da categoria. Saiba mais neste link.

Serviço:
Associação Nacional das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares – Abam
Endereço:
Praça da Cruz Caída, s/n – Centro Histórico
Instagram@abam_nacional
Telefone: (71) 3322-9674
Para saber mais neste link.

9. Parque Pedra de Xangô

O Parque Pedra de Xangô é símbolo de ancestralidade, e é o primeiro parque do Brasil com nome de orixá, divindade do candomblé e da umbanda. Símbolo sagrado e elemento cultural afro-brasileiro, a Pedra de Xangô foi tombada em maio de 2017 como patrimônio cultural do município. O monumento é importante pela questão religiosa e também pela questão histórica, já que o lugar foi um quilombo e local de culto.

A formação rochosa de 8 metros de altura e aproximadamente 30 metros de diâmetro é considerada um monumento natural, um marco na história de resistência daqueles que sofreram com a escravidão em Salvador, pois, segundo a tradição oral, servia como passagem e esconderijo de quilombolas perseguidos. Saibamais neste link.

Serviço:
Parque Pedra de Xangô

Está inserido na poligonal da Área de Proteção Ambiental (APA) Vale da Avenida Assis Valente, em Cajazeiras X.

10. Fundação Mestre Bimba

O Ofício de Mestre de Capoeira e a Roda de Capoeira são bens culturais registrados como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. A Fundação Mestre Bimba (FUMEB) tem como finalidade preservar e difundir a obra de Mestre Bimba e o seu legado cultural afro-brasileiro, através de eventos e atividades correlatas no campo da capoeira. Realiza seminários, cursos, publicações, exposições, além de pesquisas e atividades de intercâmbio cultural. A FUMEB desenvolve cursos e atividades de preservação em relação à manufatura de instrumentos musicais relacionados à capoeira e outras manifestações afro-brasileiras. Saiba mais neste link.

Serviço
Fundação Mestre Bimba (FUMEB)

Rua Maciel de Baixo, 51, Pelourinho, Salvador, Bahia, Brasil. CEP 40.026-240.
Horário de Funcionamento: de segunda a sexta, das 8h às 19h. Aulas de segunda a quinta-feira, das 18h às 19h. Sábados, rodas das 11h ao meio-dia. Saiba o valor da aula avulsa por telefone.
Telefone: 71 3322 5082.
E-mail: fundacaomestrebimbafmb@gmail.com
Site:www.fundacaomestrebimba.org

*Por Matheus Simoni, com informações de Salvador da Bahia.com / Foto: Valter Pontes/Secom/PMS

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