Ação volta a recolher resíduos nas praias da Barra após Carnaval; conheça o Fundo da Folia

José Mion é jornalista, assessor de imprensa, apaixonado por Gastronomia e escreve para o Alô Alô Bahia.

Criado em 2010 por Bernardo Mussi (na foto abaixo, à frente) e mais três amigos surfistas, o projeto Fundo da Folia, mais uma vez, promoveu a limpeza do oceano da Barra após o Carnaval, em plena Quarta-feira de Cinzas, mesmo dia em que nasceu, há 14 anos.

Após o mergulho, os resíduos coletados foram expostos na calçada do Porto da Barra, onde, de forma lúdica, com performances e brincadeiras, os voluntários buscam chamar a atenção dos passantes e banhistas.

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Em 2024, o lixo recolhido das águas da Barra não foi pesado, ação que só acontecia no início do projeto. "Chegamos a contabilizar a quantidade de lixo que retirávamos, que era bastante, porém não fazemos mais essa contagem", explica Ticiana Schindler, voluntária há 9 anos, reforçando que, hoje, o foco é no impacto de quem está na praia no momento da coleta.

Ali mesmo, na calçada, os catadores já levam as latinhas, e o que fica é recolhido pelos parceiros da Sotero Ambiental, empresa responsável pelos serviços de limpeza urbana de Salvador, a serviço da Limpurb. Segundo a voluntária, alguns artistas aparecem para recolher itens que possam ser utilizados em obras de arte, como telas e esculturas.

Ticiana explica, inclusive, que qualquer voluntário é bem-vindo no projeto, que realiza uma média de 30 a 40 ações por ano, em diversas praias de Salvador, como Boa Viagem, Gamboa e Ondina. A última havia sido no dia 3 de fevereiro, no Rio Vermelho, um dia após a festa de Iemanjá. 
 
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Ao longo do ano, as ações são bastante concentradas nas praias da Barra, "por questões de boa visibilidade e condições para mergulho", explica Ticiana. Segundo ela, a região concentra ainda, devido às correntes e ao alto índice de movimento nas praias, grande quantidade de lixo. Por conta disso, ela acredita que, esse ano, como em outros, foram algumas toneladas e milhares de resíduos coletados. "De todos os tipos, como pneus, latas, garrafas pet, de vidro, equipamentos eletrônicos, roupas e acessórios, preservativos, espetinhos e até dentaduras", revela.

Parque Marinho da Barra

"As ações nas praias da Barra repercutiram de maneira que conseguimos criar, junto com outros apoiadores, uma área de conservação ambiental entre o Farol da Barra e o Forte Santa Maria, chamado de Parque Marinho da Barra, uma grande conquista para nós", revelou Ticiana, que, nos 9 anos atuante no Fundo da Folia já se viu inspirada a desenvolver diversos projetos relacionados a ele, como o documentário "Inspirações que Vêm do Fundo - 10 Anos de Alegria", de 56 minutos, celebrando os 10 primeiros anos de ações do grupo.
 
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Para se tornar voluntário, basta apenas saber nadar e ter equipamento básico de mergulho. "Não precisa ser profissional, porque fazemos as ações em condições seguras, respeitando o nível de cada um", explica Ticiana. Os interessados podem enviar uma mensagem pelo Instagram @fundodafolia, que enviará todas as informações necessárias.

* Fotos: Reprodução/Redes Sociais.

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