A força da Universal, surpresas e decepções: curiosidades sobre a eleição para a Câmara de Salvador

Como já era esperado, a Câmara Municipal de Salvador teve uma renovação relativamente grande com a chegada de 18 novos nomes, o que significa que o Legislativo da capital baiana terá 42% de novatos. Do total, 25 foram reeleitos, alguns com boa votação, outros com uma boa taxa de emoção. Alô Alô Bahia fez uma análise desta eleição e traz algumas informações.

 

Segue o líder

Para a surpresa de muitos, o vereador mais votado foi Luiz Carlos (Republicanos), que é ligado à Igreja Universal e teve mais de 17 mil votos - 4 mil a mais do que o segundo colocado, Geraldo Júnior (MDB), o que representa uma vantagem significativa. Nas bolsas de apostas da política da capital, o próprio Geraldo era um dos favoritos a ser o mais votado. Irmão Lázaro (PL) e Tancredo Isidório (Avante) eram também considerados favoritos, mas acabaram decepcionando. O primeiro foi eleito, mas com votação menor, enquanto o segundo, que é filho do deputado Pastor Sargento Isidório (Avante), não passou e teve menos de mil votos.

 

Olho neles
Por falar na Igreja Universal, três dos cinco vereadores mais votados na capital baiana são ligados à instituição religiosa. Além de Luiz Carlos, Isnard Araújo (PL) e Ireuda Silva (Republicanos), terceiro e quarta mais votados, têm vínculo com a Universal.

 

Moral elevada

Além de ser o prefeito eleito com maior percentual de votos válidos do país, Bruno Reis (DEM) terá uma base de apoio maior do que ACM Neto (DEM) tem hoje. Sim, é isso mesmo. Considerado um exímio articulador, Bruno conseguiu organizar os partidos que integram seu arco de alianças de forma que elegeu 31 dos 43 vereadores da Câmara. E há quem aposte que essa base ainda vai crescer nos próximos meses...

 

Surpresas - parte 1

Dentre os novos nomes, três surpreenderam bastante: Sandro Bahiense (Patriota), Marcelo Maia (PMN) e Debora Santana (Avante). Os dois primeiros até estavam cotados, mas superaram nomes que eram considerados favoritos em seus respectivos partidos. Bahiense foi o terceiro mais votado do Patriota, superando nomes como Atila do Congo e Tuico Profeta, que eram mais favoritos. Maia, por sua vez, ficou à frente de Adriano Meireles, apontado como nome certo na Câmara. Já Debora, antes desconhecia, superou nomes "famosos" como o filho de Isidório e Maria Quitéria, ex-presidente da UPB.

 

Surpresas - parte 2

Mas a maior surpresa de todas foi o "Gordinho da Favela", eleito pelo PSL, sigla comandada no estado pela deputada federal Dayane Pimentel e que tinha em Salvador como candidato Alberto Pimentel. Um dos postulantes com mais recursos de campanha, Alberto terminou em segundo na disputa, atrás do "Gordinho", que não teve um centavo do partido para a campanha.

 

Surpresas - parte 3

Entre os que não conseguiram a reeleição, três foram considerados surpresa: Felipe Lucas (DEM), Toinho Carolino (Podemos) e Lorena Brandão (PSC). O primeiro tinha apoio do setor dos ambulantes e tinha, em tese, uma eleição tranquila. Carolino, por sua vez, tinha amplo apoio do deputado Bacelar, que foi candidato a prefeito. Sua derrota é apontada como fruto do enfraquecimento de Bacelar. Já Lorena, embora já se falasse que poderia ficar fora, tem ligação com segmento religioso e seu partido não tem um grande nome, o que, em tese, facilitaria sua eleição. Mas não deu: Ricardo Almeida ficou com a vaga do partido.

 

Destaque

O vereador Duda Sanches foi o quinto mais votado no total e o primeiro do Democratas. Presidente municipal do partido, Duda sai da eleição mais forte do que quando entrou, sendo o primeiro mais votado num partido que teve ampla concorrência.Outro destaque é Roberta Caires, eleita com boa votação no Patriota. Segunda mais votada no partido, ela ficou à frente de nomes consagrados com seus mais de 7 mil votos.

 

 Foto: Antonio Queirós. Siga o insta @sitealoalobahia.

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