29 Mar 2022
A convite do Alô Alô Bahia, Regina Casé e Gringo Cardia indicam seus lugares preferidos em Salvador

Mas existe uma outra Salvador que só se revela para quem se apaixona por ela. São cantos de encantos e axé que conquistam quem os descobre e faz nascer daí novos roteiros, tão interessantes quanto os mais famosos. Pedimos a dois apaixonados pela cidade aniversariante que indicassem seus lugares preferidos fora do tradicional e que trazem essa essência tão aclamada por aí em verso e prosa. Regina Casé
Depois de dois sem vir a Salvador, onde possui residência no Santo Antônio Além do Carmo, a atriz e apresentadora desembarcou na cidade em janeiro para uma temporada de mais de um mês. Indagada pelo Alô Alô Bahia sobre seus lugares de predileção, entre muitos, lembrou mais veementemente do Instituto Oyá, fundado em 1998 por Mãe Santinha, no bairro de Pirajá.
“Ao visitar o local, além de conhecer o trabalho da entidade, é possível viajar pela história dos maiores blocos afro da Bahia através das estampas do artista visual Alberto Pitta. O ateliê dele fica por lá e ainda dá para comprar roupas maravilhosas na lojinha”, destacou. Gringo Cardia
A história do cenógrafo com Salvador é tão intrínseca que faz dele seu melhor guia. “Minha história com a Bahia é longa. Quem trabalha com música, como eu, acaba na Bahia”, diz. Gringo já trabalhou com Gil, Bethânia, Brown e Daniela em projetos musicais, mas seu xodó são os museus. É dele a curadoria da Casa do Carnaval, no Centro Histórico, do Cidade da Música da Bahia, no Comércio, e da Casa do Rio Vermelho, morada dos escritores Jorge Amado e Zélia Gattai que virou um espaço multimídia. “Dos que eu já fiz, é o que mais gosto”, revela.
Quando recebeu o pedido do Alô Alô Bahia para indicar seus lugares não-óbvios preferidos da cidade, o criativo montou um verdadeiro roteiro de locais e momentos que deve ser seguido à risca por quem quer conhecer melhor Salvador:
1. Conhecer os painéis de Carybé (“obras primas”) que estão no Museu Afrobrasileiro/Escola de Medicina do Terreiro de Jesus
2. Ver de perto o painel de Genaro de Carvalho (“outra obra prima”) que está no restaurante do hotel Wish, no Campo Grande
3. Fazer stand up no Porto da Barra
4. Fazer canoa havaiana na praia ao lado do Amado
5. Ir ao Forte de São Marcelo
6. Visitar os porões do Mercado Modelo. “Impressionante”
7. Viver a noite da Beleza Negra do Ilê Aiyê. “Imperdível, única”
8. Assistir à shows no Âncora do Marujo feitos por artistas trans do underground
9. Ir à Casa Batekoo, no Santo Antônio
10. Visitar os terreiros de candomblé Ilê Axé Opô Afonjá, Gantois e Bogum
11. Ir à Toca às quartas-feiras no Santo Antônio
12. Na Feira de São Joaquim, ir no samba no bar da Beira D’água
13. Visitar o Candeal
14. Ir à Igreja da Lapinha. “Estilo mourisco árabe, única no Brasil”
15. Viver a festa do Dois de julho. “Única e maravilhosa. A maior, mais autêntica e verdadeira festa cívica do Brasil. Imperdível”
16. Ir aos ensaios do Cortejo Afro no Pelourinho
17. Visitar o Projeto Quabales, em Amaralina
Fotos: Divulgação/ João Pedro Januário. Siga o insta @sitealoalobahia.