12 Sep 2023
5ª língua mais usada na internet, português tem menos proteção contra discursos de ódio

“As plataformas digitais, as big techs, desenvolveram soluções que conseguem identificar, por exemplo, os discursos de ódio, a misoginia, racismo e consegue combater de forma mais efetiva em língua inglesa, por exemplo. Qual é o tratamento que eles estão dando para os falantes de língua portuguesa? Recentemente, uma ex-funcionária do Facebook, a Frances Haugen, esteve no Brasil e chamou a atenção para esse ponto. Ela nos alertou para a necessidade de uma ação direta e imediata em relação a criação de proteção para os falantes de língua portuguesa”, conta Maia.
Calcula-se que 230 milhões de falantes de língua portuguesa usam a internet, o que é visto como um público relevante que vive, inclusive, fora dos seus países de origem. Somente na França são cerca de meio milhão de falantes de português.
Está em discussão na ONU a elaboração de uma convenção internacional para combater o uso de tecnologias de informação e comunicação para fins criminais. O Brasil é um dos países de língua portuguesa que participam ativamente deste debate e buscam definir estratégias comuns para a governança da internet em geral. Para o diretor, é necessário entender como a população usa a internet e criar elementos de proteção desta comunidade.
Esses temas serão tratados no primeiro Fórum Lusófono de Governança da Internet, que vai acontecer no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, em 18 e 19 de setembro. De acordo com Maia, a atividade está alinhada com a convenção internacional proposta pela ONU, que tem como objetivo comum “trazer maior segurança para a população lusófona que acessa a internet”.
Publicado por Hilza Cordeiro | Foto:Freepik
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