30 Jun 2023
2 de Julho: Carruagem é desmontada pela primeira vez e Caboclos passam por primeiro grande restauro em 25 anos

O desfile do 2 de Julho, data onde os baianos celebram a Independência do Brasil na Bahia, vai contar os carros dos caboclos completamente restaurados em 2023. De acordo com a prefeitura de Salvador, pela primeira vez na história, a carruagem que leva o Caboclo no cortejo do 2 de Julho foi inteiramente desmontada.
A peça passou por uma restauração completa para celebrar o desfile de 200 anos da Independência do Brasil na Bahia, no domingo (2).

O trabalho foi comandado pelo artista plástico José Dirson Argolo, professor da Escola de Belas-Artes da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Há mais de 25 anos ele realiza o serviço de preservação das imagens.
Para a reforma, os caboclos foram completamente reformados: cabelo, cocar, penas, braceletes, colares. Eles ficaram momentaneamente sem toda indumentária clássica com a qual vão às ruas no 2 de Julho.
O dragão, que representa a tirania portuguesa e que é pisoteado na escultura, e a armadura ladeada por canhões, que enfeita a parte frontal da carruagem, também foram modernizadas.
Neste ano, os serviços de preservação, que anualmente ocorrem com a carruagem montada e dentro do Pavilhão do 2 de Julho, na Lapinha, neste ano foram realizados no Studio Argolo, localizado no Garcia, já que o pavilhão também está em reforma.

Separada do dragão e da carruagem, a imagem do caboclo tem 1,75 metro de altura, fora a grande haste de ferro maciço que sai do pé esquerdo e que faz o conjunto passar dos dois metros de altura. A Cabocla é bem menor e não tem haste. Ambas são feitas de madeira do tipo cedro coberta por gesso esculpido.
De acordo com a prefeitura, a primeira grande restauração das duas imagens ocorreu em 1998, para a celebração dos 175 anos do 2 de Julho.
“Essas peças são do Século XIX. O Caboclo da década de 20 e a Cabocla de 40. Ou seja, são quase 200 anos deles também. Tudo isso sai em movimento pelas ruas, balançando, pegando buraco e ladeira íngreme. Depois, ficam três dias expostos no Campo Grande num período de chuva. E eles são de madeira, ou seja, quando molha, tudo isso dilata e depois retrai criando rachaduras. Por isso, esse trabalho de restauração é tão importante”, explica Cláudia Barbosa, restauradora do Studio Argolo.
Fotos: Jefferson Peixoto/Secom.
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