Em Salvador, a experiência de tomar um café ou almoçar vai muito além do sabor. Ela se entrelaça com arte, memória e história. É impossível pensar em roteiro cultural pela cidade sem incluir paradas obrigatórias para degustar pratos e bebidas em endereços gastronômicos que nasceram dentro de espaços culturais e artísticos, pontuando encontros entre sabores e narrativas que fazem de cada visita um momento especial.
Preta Bistrô fica no MAC
No coração da Graça, o Preta Bistrô leva visitantes do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC Bahia) a uma imersão sensorial onde arte e gastronomia se conversam à mesa. Comandado pela chef Preta e por seu filho, Chico Marrara, o bistrô ocupa um recanto acolhedor dentro do museu, inspirando quem chega pela atmosfera de natureza, design e obras expostas. O menu transita entre clássicos reinventados e criações que destacam ingredientes frescos e locais, como o sanduíche de lagosta no pão de copioba e a mini moqueca de camarão com coco verde, convidando o paladar a uma experiência tão rica quanto uma galeria de arte.
Mãe Comida Afetiva fica na Casa do Carnaval
Outra experiência que combina afeto e cultura acontece com o Mãe Comida Afetiva, um projeto que se espalha por espaços como a Casa do Carnaval da Bahia e a Cidade da Música da Bahia, dois ícones da cena cultural soteropolitana. Aqui, a culinária baiana ganha contornos afetivos e familiares, frutos da memória e das receitas da chef Paula Bandeira e das irmãs idealizadoras. Do bobó de camarão ao nhoque de banana da terra, cada prato faz reverência à história local e ao encontro com a Baía de Todos os Santos, criando uma pausa deliciosa em meio à visitação dos museus.
Curadoria LAB fica no Museu da Misericórdia
No Museu da Misericórdia, no final da Rua Chile, está o Curadoria LAB, um café cuja proposta é servir mais do que café coado na hora. Instalado no térreo do museu, o Curadoria valoriza ingredientes locais com releituras criativas que vão de sanduíches com queijo coalho e melaço a sobremesas autorais que despertam memórias afetivas. O ambiente histórico, carregado de séculos de memórias e artefatos, faz do café um ponto de encontro entre passado e presente, perfeito para quem quer juntar cultura e gastronomia num só passeio.
Mimu Cafeteria fica no Muncab
Pelo Centro Histórico, no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), está a charmosa Mimu Cafeteria, que celebra ancestralidade e gastronomia afro-brasileira em um espaço inaugurado para aproximar comida, arte e história. Gerida coletivamente por mulheres negras, a Mimú propõe um diálogo entre elementos culturais africanos e a experiência gastronômica contemporânea, tornando a visita ao museu ainda mais rica e sensorial.
E se o passeio cultural incluir um filme, o Cine Glauber Rocha não fica de fora da rota: com seu ambiente cinematográfico emblemático no centro da cidade, o café do Glauber Rocha oferece pausas perfeitas entre uma sessão e outra, com cardápio que harmoniza bem com pipoca gourmet, lanches clássicos e bebidas em um clima descontraído que traduz a vivacidade do cinema soteropolitano.
Larribistrô fica na Aliança Francesa
Por fim, na Aliança Francesa, que tem seu próprio teatro, está o Larribistrô, da chef e empresária Rosa Guerra. Assim como nos tradicionais bistrôs franceses, a proposta do espaço, com uma super vista da Baía de Todos os Santos, é reunir no mesmo local um café, um bar e uma cozinha autêntica de memória, que explora um cardápio democrático do almoço ao jantar, passando, claro, pelo por do sol. Dissidência do saudoso Larriquerri, o Larribistrô segue conquistando novos públicos, mas matando a saudade do Larriquerri, através de pratos como a Trouxinha de Carpaccio, as Moelinhas no Azeite, o Arroz de Pato e a Codorna Recheada.
