Saiba quais são os premiados queijos brasileiros que Macron levou para a França

Saiba quais são os premiados queijos brasileiros que Macron levou para a França

Redação Alô Alô Bahia

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Publicado em 03/04/2024 às 16:27 / Leia em 5 minutos

A França é famosa pela alta gastronomia e pelos queijos de comer rezando. E sabe com que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu presentar o governante francês Emmanuel Macron? Com queijos! O político europeu voltou para o seu país levando na bagagem seis premiados queijos brasileiros, inclusive em eventos na França. Quatro deles são mineiros – Serjão Canastra (Piumhi), Goa Moderado (Aiuroca), Maranata Bronze (Virgínia) e Lua Cheia (Bueno Brandão). Na lista, entram ainda o tradicional Queijo da Ilha do Marajó, no Pará, e o Cuesta, de Pardinho, em São Paulo. O Alô Alô Bahia foi atrás desses queijos e traz aqui as características e premiações conquistadas por cada um deles.

Serjão Canastra
É um queijo de casca firme e crocante, que possui uma massa cremosa e um mofo branco. O mofo aparece naturalmente, devido o “terroir” da região onde é produzido, como o clima, umidade, vegetação, água pura, dentre outros. Este mofo é comestível e faz com que a massa do queijo fique mais cremosa e com notas de champignon branco. O queijo é produzido por Sérgio de Paula Alves, conhecido como Serjão, com o leite de vacas das raças Girolando e Jersey cruzada com Holandesa, na cidade de Piumhi, na região da Serra Canastra.

Premiações:
– Mundial do Queijo, em Tours na França em 2021: Medalha Super Ouro
– Mundial do Queijo de Tours na França em 2019: Medalha de Bronze
– Mundial do Queijo do Brasil em 2019: 2 Medalhas de Pratas e 2 de Bronzes
– Prêmio Queijo Brasil: Medalha de Ouro no IV e no V, Prata no III e V e Bronze no II, III, IV.

 

Goa Moderado/Divulgação

Goa Moderado
Queijo feito com leite cru, inspirado nos queijos duros italiano. A massa apresenta uma textura macia, sabor suave e leve picância. É um dos queijos mais famosos da região da Mantiqueira e é denominado Queijo Artesanal Mantiqueira de Minas – “Tipo Parmesão”. É um queijo sem lactose, com massa semi-cozida e prensado por 12 horas. A fazenda onde ele é produzido, em Aiuroca, fabrica mais outros dois tipos de queijo, o que muda é o tempo e o ambiente de maturação (ou cura). O escolhido para presentear o presidente Emmanuel Macron foi o #14, que passa por um processo de 120 dias em câmara de maturação.

Premiações:
Medalha de Prata no Prêmio Queijo Brasil 2023
Medalha de Bronze Concurso Internacional Araxá 2023
Medalha de Ouro no Mondial du Fromage 2023, em Tours, na França.
Maturação: 100 Dias

 

Maranata Bronze/Divulgação

Maranata Bronze
Neto de produtor de leite e filho de queijeiro, Henrique Lamim não tinha como fugir do destino e juntou a tradição cultural da família com as técnicas de queijos artesanais atuais, se qualificando para criar queijos autorais. A produção dos queijos usa somente leite próprio, de vacas Girolandas. Produzem somente queijo com maturação longa, de 100 dias, e todos com leite cru.

Premiações
Medalha de Prata no Prêmio Queijo Brasil 2023
Medalha de Bronze na Expoqueijo, em Araxá (MG)

Lua cheia/Divulgação

Lua cheia
Baseado no camembert, é um queijo mole, de textura aveludada e muito cremosa. Possui um sabor suave, amanteigado e muito aromático. Usa leite enriquecido de creme de leite, o que faz com que apresente um maior teor de gordura (double crème) e é coberto com uma fina camada de carvão vegetal comestível, que dá um visual único e contribui com o sabor. Seu processo de maturação dura três semanas.

Premiações
Medalha super ouro no World Cheese Awards 2022
Medalha de bronze no World Cheese Awards 2023
Medalha de prata no VI Prêmio Queijo Brasil 2023

Queijo da Ilha do Marajó/Divulgação

Queijo da Ilha do Marajó

É um queijo que não é maturado e apresenta um sabor suave e delicado. Existem dois tipos: o manteiga e o creme. O tipo creme é o mais comum, a exemplo do Queijo do Marajó Fazenda São Victor, que foi o presentado a Macron, que preserva receita secular, e modo de produção artesanal considerado único mundialmente, 100% leite de búfala, coalhado naturalmente e sem adição de conservantes. É considerado patrimônio da gastronomia brasileira e produzido há quase 100 anos na Ilha do Marajó.

Premiações:
Melhor queijo do Marajó no III Búfalo Fest em 2012
1º lugar no XII Encontro Nacional de Criadores de Búfalos em 2017
Medalha Super Ouro no IV Prêmio Queijo Brasil
Medalha de Prata no Mundial du Fromage 2019 em Tours (França)
Medalha de Bronze no Mundial du Fromage 2021 em Tours (França)
Medalha de Ouro no VI Prêmio Queijo Brasil em 2023

Cuesta/Divulgação

Cuesta
O queijo é elaborado artesanalmente a partir do leite cru de vacas da raça Gir, criadas a pasto na Fazenda Sant’Anna em Pardinho/SP. Elaborados em antigos tachos de cobre, em seguida os queijos passam por um processo de maturação de oito meses sobre prateleiras de madeira, em caves subterrâneas que garantem estabilidade de temperatura e umidade. Durante sua maturação nas caves, o queijo entra em contato com um fungo especial, responsável por seu visual característico.

Premiações
Medalha de Ouro no Premio Queijo Brasil (2017)
Medalha de Ouro no Mondial du Fromage em Tours (2019)
Medalha Super Ouro no Mundial do Queijo Brasil em Araxá (2019)
Medalha de Ouro no Mondial du Fromage em Tours (2022)
Medalha de Prata no Mondial du Fromage
Medalha de Prata no Prêmio Queijo Brasil de 2023.

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