13 Jan 2024
Subúrbio de Salvador oferece opções para aproveitar o Verão; veja dicas
Difícil pensar no verão de Salvador e não lembrar da Barra, Rio Vermelho e Pelourinho. Mas a cidade vai muito além desses pontos turísticos. Do lado esquerdo do mapa, quase se despedindo da capital e se aproximando de Simões Filho e Candeias, está o subúrbio. Repleto de praias, parques, clubes e restaurantes, ele também é a cara do verão. Seus encantos, já bastante conhecidos pelos moradores locais, ganham destaque nas redes sociais. Com fotos e vídeos que registram paisagens de tirar o fôlego, têm também conquistado soteropolitanos de outras regiões e até mesmo turistas.Anderson Simplício, de 35 anos, é o administrador do perfil @belezas.suburbio no Instagram, que foi criado em 2015 e hoje acumula mais de 400 mil seguidores. Encontrando amor no subúrbio, como ele mesmo diz, dá dicas de eventos, o que fazer e onde comer na localidade, abrangendo de Coutos, Plataforma e Periperi às ilhas de Maré, Frades e Bom Jesus dos Passos.
"Criei o Belezas do Subúrbio no intuito de valorizar a região, que até então só era vista de forma marginalizada. No início, era apenas um canal de compartilhamento de fotos das praias, porém, foi crescendo e se tornou um grande guia para quem quer conhecer a região, suas belezas naturais, cultura e gastronomia, além de mostrar o potencial econômico que ela tem", conta Anderson.
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Confira a lista de algumas dessas belezas:
O colorido dos barcos e dos sombreiros dão um toque especial à paisagem, acompanhada pela trilha sonora vinda das caixinhas de som. O cheiro é uma mistura de opções de alimentos e bebidas vendidos na areia e também de barzinhos e restaurantes no calçadão especializados em frutos do mar, como o Vela Mar, Varanda do Caranguejo e o Cara e Coroa. Por lá, é possível encontrar desde cerveja gelada, drinks e coquetéis até salada de peguari, casquinha de siri, moqueca de peixe, moqueca de camarão e caranguejo.
Trata-se de uma excelente pedida de apoio para quem quer curtir a praia de São Tomé de Paripe com tranquilidade. Além de acesso exclusivo à praia, o local conta com redário, pequena trilha ecológica, ducha de água mineral, estacionamento gratuito, restaurante e, claro, um mirante para o pôr do sol. A taxa de acesso por pessoa é de R$ 35.
A dica de parada para almoço ou petiscos é o Empório Tubarão, um complexo de 10 bares e restaurantes de frente para o mar com uma variedade de pratos como feijoada, cozido e moqueca. Há opções de mesas cobertas ou na praia e ainda estacionamento para os clientes.
A recomendação é visitar o Parque em grupo e com um guia. O Instituto Trilha das Flores promove trilhas mensais e outras atividades, como yoga e dança, gratuitas no local. Os passeios são previamente divulgados nos perfis @parquesaobartolomeupirajaofc e @institutotrilhadasflores no Instagram. Também são promovidas trilhas pagas a cada final de semana, a partir de R$15, por agências como a Salvador Ecoturismo e Aventura.
Restaurante Boca de Galinha - Restaurante simples com cara de boteco em Plataforma, o Boca de Galinha serve a culinária regional e oferece uma belíssima vista para a Baía de Itapagipe. O local, com cerca de 30 anos de história, é ponto de referência da região, tendo mais de 17 mil seguidores no Instagram. O nome é um apelido do dono, Nilton Pereira. No cardápio, estão peixe frito, casquinha de siri, agulha frita, lambreta, moqueca de camarão e outros itens, que variam a cada dia conforme o fornecimento de mercadoria, sempre fresca. As moquecas grandes, que servem até quatro pessoas, variam de R$ 85 e R$ 150. As opções de tira-gosto, que vão de casquinha de siri a caldo de sururu e pititinga, custam R$ 20, R$ 15 e R$ 25, respectivamente. O restaurante fica pertinho do Terminal Marítimo de Plataforma.
A Ilha de Maré, antiga aldeia de pescadores e marisqueiras e famosa pela moqueca de peguari, tem como trecho mais famoso a Praia das Neves (foto acima). A Ilha dos Frades é composta por praias, lagoas, cachoeiras, montanhas e uma vegetação típica da Mata Atlântica, tendo como praias mais conhecidas Loreto, Paramana e Nossa Senhora de Guadalupe. A Ilha de Bom Jesus dos Passos tem ruas de paralelepípedo, carregando a rusticidade de uma colônia de pescadores à beira de um mar de águas tranquilas em praias como Pontinha e Ponta do Padre.
Ilha de Maré - A travessia para a ilha é feita a partir do Terminal Hidroviário de São Tomé de Paripe, no subúrbio de Salvador, dura cerca de 20 minutos e vai dar na Praia das Neves. A passagem custa R$8 durante a semana e R$10 aos finais de semana. As embarcações saem a todo momento entre 5h30 e 17h30.
Ilha dos Frades - Partindo do Terminal Marítimo de Madre de Deus, saem barcos para Paramana e Loreto por R$6, com travessia de cerca de 20 minutos. Partindo do Terminal Turístico Náutico, no Comércio, a travessia já dura cerca de 1h e é feita somente com escunas, que vão em direção à Ponta de Nossa Senhora. De Madre de Deus, os barcos saem a cada 40 minutos, das 7h às 17h.
Bom Jesus dos Passos - O acesso é através de embarcações que partem a cada meia hora do Terminal Marítimo de Madre de Deus, das 7h às 20h de segunda a sábado e das 7h às 17h aos domingos. A travessia leva cerca de 15 minutos e custa R$6.
É possível ainda comprar passeios realizados por agências de turismo, como a Felicidade Passeios, com roteiro de 8h às 16h incluindo as Ilhas dos Frades e Bom Jesus dos Passos. O passeio pode ser para uma ou para até 12 pessoas, com preços variando de R$400 a R$900. Para mais informações, telefone (71) 9737-5626.
Curiosidades sobre o Subúrbio:
- Era um destino de veraneio povoado por comunidades de pescadores por volta do final do século XIX e início do século XX
- Sua ferrovia, inaugurada em 1860, foi a primeira da Bahia e ligava, originalmente, Salvador a Alagoinhas
- Em 1875 foi instalada em Plataforma a fábrica de tecidos São Braz, uma das mais importantes do setor têxtil da Bahia, que hoje está desativada
- Em 1939, foi perfurado o primeiro poço de petróleo com fins comerciais do Brasil, no bairro do Lobato, levando a estudos na região e a abertura da primeira refinaria do Brasil, a Landulfo Alves
* Texto de Carolina Cerqueira, publicado por José Mion. Fotos: Paula Fróes, Carolina Cerqueira e Divulgação.
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