01 Mar 2024

Salvador 475 anos: veja 29 passeios para fazer até o aniversário da cidade

Sabe aqueles dias em que a gente acorda com vontade de turistar na própria cidade onde mora? Que dá aquela vontade de sair do quadrado e fazer um programinha descolado já realizado antes, mas com um novo olhar, ou se permitir ir a um lugar da moda ou que tem sido cobiçado pelos turistas. 

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Em Salvador, cidade de muitas belezas, histórias, riquezas artísticas e culturais, não faltam motivos nem lugares para explorar seu patrimônio histórico, seu colorido, sua musicalidade, sua cultura, sua gastronomia. Aproveitando o mês do aniversário da cidade, que completa 475 anos no dia 29 de março, o Alô Alô Bahia preparou um roteiro com 29 "programinhas-delícia" para você explorar a cidade e aguçar os cinco sentidos. Confira!
 
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1 - Se não foi ainda, vá explorar a exposição "Um Defeito de Cor", inspirada no livro de Ana Maria Gonçalves, que conta a saga de uma mulher africana que, no Brasil, precisa lutar por sua liberdade e reconstruir sua vida. A obra foi tema do desfile da escola de samba Portela este ano, que conquistou o título de campeã. A exposição, que traz uma revisão historiográfica da escravidão abordando lutas, contextos sociais e culturais do século XIX, só fica em cartaz até domingo (3), no Museu da Cultura Afro Brasileira (Muncab), reinaugurado em novembro do ano passado. A entrada custa R$ 20 a inteira e R$ 10 a meia. Moradores de Salvador têm direito a meia. No domingo, o acesso é gratuito, mas precisa reservar o ingresso no Sympla.
 
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2 - Ver o por do sol no Antique Bistrô, que fica no casarão número 6 da Rua do Carmo, no Santo Antônio. Ao adentrar o espaço, o visitante vai atravessar um corredor de vinhos e, lá no fundo, vai se deparar com uma deslumbrante vista da Baía de Todos os Santos. Um lugar perfeito para conferir o por do sol e saborear os deliciosos drinks da casa.
 
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3 - Começar o dia tomando um café da manhã no Blue Praia Bar vendo o mar do Buracão. O serviço funciona todos os finais de semana, das 8h às 11h. Depois, ainda pode dar um mergulho para começar o dia bem energizada. Fica na Rua Barro Vermelho, 310, no bairro do Rio Vermelho.
 
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4 - Bater perna na Feira de São Joaquim pra desbravar as riquezas, colorido e personagens do local. Vale parada para conhecer o projeto "Lugar Comum", do artista Vik Muniz. Pode aproveitar a ida para depois saborear uma comida raiz em um dos 20 restaurantes que funcionam no local. A feira fica no bairro de Água de Meninos, próximo ao Terminal Marítimo, e os restaurantes funcionam todos os dias da semana.
 
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5 - Pegar um barquinho na comunidade do Solar do Unhão e aproveitar um dia ensolarado com um delicioso banho de mar na Prainha do Museu de Arte Moderna (MAM). O trecho da travessia custa R$ 10 e tem barcos saindo o tempo todo, só precisa ficar atento à tábua da maré, pra evitar a alta. Só é possível chegar de barco, mas a saída é liberada pela escadaria do próprio MAM.
 
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6 - Começar o dia em movimento, com uma corridinha, vendo as belezas da Barra. De quebra, dá pra se refrescar no final da atividade com um mergulho no mar do Porto da Barra, e depois, tomar um café da manhã no Mana, que fica na Avenida Sete de Setembro, 381. Funciona aos sábados e domingo das 7h às 20h45.
 
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7 - Assistir a uma missa na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos numa terça-feira, sempre às 18h, e ficar extasiado com a beleza dos rituais da religião afro em plena celebração católica, que abre espaço para toque de atabaques, timbaus e agogôs. Como é uma missa que atrai muita gente, principalmente turistas, é bom chegar cedo para garantir um lugar para sentar. Fica no Largo do Pelourinho.
 
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8 - Pegar uma lanchinha em Paripe e conferir as belezas de Itamoabo, na Ilha de Maré. O valor da ida e volta da travessia fica em torno de R$ 20. A praia, que não é tão disputada como a das Neves, tem um mar de um azul que lembra o Caribe e conta com barraquinhas simples, que vão te oferecer cerveja gelada, drinks e petiscos.
 
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9 - Quem é raiz e curte um mocofato, não deixe de fazer um tour no Mercado de São Miguel e provar a iguaria no boxe de Deco do Omolu. Pelo mercado já circularam nomes como o do sambista Batatinha, Riachão e Bezerra da Silva e o escritor Jorge Amado. O mercado existe desde 1965, foi destruída por um incêndio em 2017 e reconstruído.
 
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10 - Começar o dia praticando canoagem na Praia da Preguiça, com direito a parada no Forte de São Marcelo para um revigorante banho de mar e apreciar o colorido de Salvador. É preciso agendar antes com alguma das empresas que oferecem o serviço. É possível encontrar uma aula individual a partir de R$ 50.
 
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11 - Subir a Colina Sagrada para agradecer a Senhor do Bonfim e, na volta, descer para almoçar no Recanto da Lua Cheia, na Pedra Furada, apreciando a maravilhosa vista da Baía de Todos os Santos. Outra boa pedida é parar para saborear o delicioso salame de polvo da Cantina do Jullius, que é tipo um carpaccio, mas que eles chamam de salame. De comer rezando. Fica na Rua da Galileia de Cima, no bairro de Roma, também na Cidade Baixa.
 
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12 - Tour pelo Corredor da Vitória, com direito a almoço em Dona Suzana, na Vila Brandão. Tem que chegar cedo pra pegar uma mesa com vista privilegiada do restaurante, que é debruçado pelo mar da Baía de Todos os Santos. Depois, vale uma ida ao  Museu de Arte da Bahia. De lá, dá pra aproveitar e seguir para fazer hora em café, numa das famosas docerias que tem no corredor, e finalizar a tarde com o por do sol na Aliança Francesa, no Larribistrô.
 
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13 - Tomar um sorvete na Cubana, que é considerada a 1ª sorveteria da Bahia e a mais antiga do Brasil, e está situada desde 1930 num dos principais cartões postais de Salvador, o Elevador Lacerda. Além de se deliciar com a guloseima artesanal, dá para apreciar a vista da Baía de Todos os Santos, na mureta da Praça Municipal, e depois descer para turistar pelas ruas do Pelourinho.
 
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14 - Descer a comunidade do Solar do Unhão para saborear um japa num almocinho no Sushi Solar, que tem a cozinha sob o comando do chef Danilo Conceição. Há opções de rodízio ou a la carte. Mas, se você é do time que não abre mão de se lambuzar de dendê, há outros restaurantes bacanas na comunidade, que se destacam pelas moquecas. Depois do almoço sem pressa, vale descer para apreciar o por do sol no MAM. Se for com direito ao jazz, melhor ainda.
 
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15 - Seja turista em sua própria cidade e tire um dia para conhecer o Museu Cidade da Música e a Casa do Carnaval. O primeiro funciona no emblemático Casarão dos Azulejos Azuis, na Praça Visconde de Cayru, no Comércio, e apresenta a história da música desde os tempos da colonização até a explosão de diversidades sonoras dos tempos contemporâneos. Tem vários espaços para explorar e entender melhor os sons de Salvador. Outra experiência bacana é conhecer a história do Carnaval na casa que leva o nome da folia, que fica na Praça Ramos de Queirós, Pelourinho. Lá, o visitante fará uma imersão na maior festa de rua do planeta. Os dois equipamentos culturais funcionam de terça a domingo, das 10h às 18h, com ingressos que custam R$ 20 inteira e R$ 10 a meia. Morador de Salvador paga meia. O acesso é gratuito nas quartas-feiras.
 
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16 - Pegar um barquinho no Terminal Marítimo de Travessia Ribeira/Plataforma pra ir comer uma saborosa moqueca, com preço justo, no Restaurante Boca de Galinha. O trecho da travessia custa R$ 3,30 (inteira) e R$ 1,65 (meia) e o serviço funciona de segunda a domingo, das 6h às 19h. O intervalo de saída de cada embarcação é de 1h. Os barquinhos conectam a Península de Itapagipe ao Subúrbio Ferroviário, numa travessia que dura sete minutos e encurta a distância aproximada de 11 quilômetros por terra. O terminal fica na Avenida Porto dos Mastros, 61, na Ribeira. 
 
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17 - Fazer uma imersão cultural no Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC Bahia), que funciona no Palacete do Comendador Bernardo Martins Catharino, na Graça, onde antes funcionava o Palacete das Artes. No espaço que foi inaugurado em setembro do ano passado, o visitante encontrará uma exposição composta pelas obras que foram transferidas do MAM Bahia. São cerca de 175 trabalhos, de 102 artistas de diferentes regiões do país, que foram premiados ao longo das 16 edições do Salões do MAM Bahia, que aconteceram entre 1994 e 2009. O MAC funciona de terça a sábado das 10h às 22h e nos domingos e feriados das 8h às 20h e a entrada é gratuita. Além de apreciar a arte, dá pra saborear as delícias do Preta Café Bistrô, que funciona no local.
 
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18 - Passar uma tarde na Casa do Rio Vermelho, se deleitando no universo particular onde o escritor e Jorge Amado e de Zélia Gattai viveram por 40 anos. Ao circular pelos cômodos da casa, o visitante vai dando vazão à criatividade e imaginando a época em que aquele casarão era frequentado por intelectuais do mundo inteiro. É possível também imaginar as farras homéricas naquela piscina, quem foram as visitas que passaram pelo quarto de hóspedes e, principalmente, buscar entender a essência dos antigos anfitriões do espaço através dos móveis da casa, das cartas trocadas entre amigos, familiares e o próprio casal, das roupas que costumavam usar... Funciona de terça a domingo, de 10h às 18h. O ingresso custa R$ 20 inteira e R$ 10 a meia. Morador de Salvador paga meia. O acesso é gratuito nas quartas-feiras.
 
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19 - Para os amantes da sétima arte, tem programa melhor do que filminho cult no Cine Glauber Rocha à tarde, com direito a aproveitar o por do sol tomando um vinho no Restaurante Guarany? Bom chegar cedo para passear pela livraria e conferir o vinis que são vendidos no local. Funciona de terça a domingo e fica na Praça Castro Alves. Por lá, toda quinta é dia de clube popular e tem um filme com ingresso de R$ 5. Já nas terças ocorre o clube da melhor idade, com entrada única de R$ 5 para os possuem a partir de 65 anos. Na quarta é a vez do clube jovem, com entrada de R$ 5 para quem tem até 25 anos.
 
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20 - Que tal passar uma tarde em Itapuã depois de ouvir os versos do poeta Vinicius de Moraes? E se esse passeio for com direito a conhecer a casa que o poetinha viveu? No Memorial Casa Di Vina é possível mergulhar no universo de Vinícius de Morais, ler as cartas que ele escreveu para amores e amigos e entender o amor do artista por Itapuã, onde morou no início dos anos 70. Na visita podem ainda ser apreciadas antigas esculturas e azulejos do artista plástico Udo Knoff, um painel pintado por Bel Borba em homenagem à amizade de Vinicius com o pintor baiano Calasans Neto, e um colorido vitral modernista com desenhos de Calasans apelidado de "O Sol que Arde em Itapuã". O Memorial fica aberto para visitação de segunda a domingo, das 12h às 22h.
 
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21 - Quem não resiste a um sorvete conhece a fama e o sabor de um dos mais tradicionais da cidade, o da Sorveteria da Ribeira. A marca cresceu e seus produtos podem ser encontrados em vários pontos da cidade, mas quem é sorveteiro raiz não abre mão de descer até a Cidade Baixa, encarar a fila e sentar numa das mesinhas para degustar o gelado no lugar onde tudo começou, em 1931.  A sorveteria abre todos os dias, das 9h às 22h, e fica na Praça General Osório, 87 no bairro que leva o nome do negócio. E já que está na Cidade Baixa, por que não aproveitar para dar uma  esticada até a Ponta de Humaitá? O lugar é conhecido por ter um dos pôr do sol mais bonitos da cidade.
 
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22 - Quem tem fé vai. Mesmo quem não é católico deve conhecer o Santuário Santa Dulce dos Pobres, a primeira baiana consagrada santa e conhecida pela caridade e pelos milagres que operou em vida. É um lugar para se conectar com a fé, com Deus, para pedir e agradecer. Não é à toa que todos os dias, pessoas do país inteiro e até de outros lugares do mundo vão conhecer o local. O santuário está localizado ao lado da sede das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), no Largo de Roma, e é aberto à visitação diária, das 6h30 às 18h30.
 
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23 - Esse é um programinha pra quem curte história, belas paisagens e edificações. Que tal fazer um tour pelas fortificações da Barra? Em poucos metros de distância é possível conhecer o Forte Santo Antônio da Barra (Farol da Barra), que abriga o Museu Náutico da Bahia e é considerado o primeiro forte do país e um dos cartões postais mais famosos de Salvador. Tem ainda o Forte Santa Maria, aquele que fica na ponta esquerda para quem olha da praia do Porto da Barra. O forte abriga o Espaço Pierre Verger da Fotografia que exibe imagens produzidas por fotógrafos baianos, com destaque ao trabalho do fotógrafo e etnógrafo franco-brasileiro, que dá nome ao espaço. Já o Forte São Diogo foi escolhido para sediar o Espaço Carybé das Artes, repleto de recursos de mídia digital e realidade virtual capaz de transmitir a grandeza da obra de Hector Julio Páride Bernabó, o Carybé.
 
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24 - Assistir uma missa no Mosteiro de São Bento, na Avenida sete de Setembro, e ouvir os cânticos gregorianos entoados pelos monges beneditinos em latim. No local são realizadas missas, diariamente, às 7h, e aos domingos, às 10h. O mosteiro seiscentista foi o segundo construído no Brasil colônia, antecedido apenas pelo Mosteiro de Olinda, segundo informações do Instituto do Patrimônio Artístico e Nacional (Iphan). O lugar é conhecido ainda por abrigar uma biblioteca que guarda mais de 300 mil livros, sendo 20 mil deles considerados obras raras, que datam do século XVI ao século XIX.
 
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25 - Dizem que Salvador tem uma igreja para cada dia do ano e, com certeza, deve ter dois terreiros de candomblé para cada dia. Há terreiros grandes, outros menores, uns mais conhecidos, outros nem tantos, mas cada qual com sua história e tradição. O mais antigo deles é o Terreiro Casa Branca. Segundo a tradição oral, foi fundado na primeira metade do século XIX por três africanas da nação Nagô. O Casa Branca é tido como o centro de culto religioso negro mais antigo de que se tem notícia da Bahia e do Brasil. Foi o primeiro terreiro a ser tombado pelo Iphan, em 1984. Fica na Avenida Vasco da Gama, 463.
 
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26 - Essa é pra quem gosta de história, arte, arquitetura e patrimônio histórico. Sabia que a  Igreja e Convento de São Francisco é considerada por especialistas em arte sacra como uma das mais imponentes da América Latina? Com interior todo revestido em ouro, consideradas uma das mais singulares e ricas expressões do Barroco brasileiro, ela é classificada como uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo e tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). É aberta a visitação de segunda a sábado, das 9h às 17h, e, aos domingos, das 10h às 16h, a R$ 10. Fica no Cruzeiro de São Francisco, no Pelourinho.
 
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27 - Viva mais um dia de turista fazendo um tour no Mercado Modelo e aproveitando para conhecer a galeria recém inaugurada no subsolo, que passou a contar com uma exposição permanente que apresenta a história do cartão postal, abrigando peças dos artistas plásticos soteropolitanos Rubem Valentim, Mario Cravo Jr. e Vinícius S.A. A visitação é gratuita e funciona de terça a domingo, das 10h às 14h. Os ingressos podem ser retirados pelo Sympla.
 
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28 - Se nunca viu, não deixe de assistir a um espetáculo do Balé Folclórico da Bahia, única companhia de dança folclórica profissional do país. Nos palco, os bailarinos usam linguagem cênica inspirada nas principais expressões do folclore afro-brasileiro. Daqueles espetáculos que hipnotizam, seja pela dança, pelos figurinos ou pela musicalidade. O grupo se apresenta às segundas, quartas e sextas-feiras, às 19h, no Teatro Miguel Santana, na Rua Maciel de Baixo, 49, Pelourinho. Os ingressos custam R$ 100 (inteira) e são vendidos na bilheteria, diariamente, a partir das 15h. O espaço tem capacidade para 100 pessoas.
 
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29 - E como Salvador é uma cidade com vocação para Comer, Rezar e Amar, a gente termina as dicas lembrando que a publicação internacional Eater citou Salvador entre os 12 destinos gastronômicos essenciais em 2024 e apresenta uma lista de 24 locais essenciais para se conhecer na cidade. Escolha o seu preferido e se jogue!

* Por Perla Ribeiro. Fotos: @myphantomtoy e Reprodução.

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