09 Out 2022
Lan Lanh e Armandinho recriam trilha sonora ao vivo durante exibição de filmes
Lan Lanh realizará sua primeira apresentação dentro de um cinema, a convite do Consulado da França e do Goethe Institut, no Rio de Janeiro. Nove curtas-metragens e filmes de animação brasileiros, franceses e alemães serão o pano de fundo para o "Cine Concerto Animado", em que a percussionista baiana será acompanhada pelo conterrâneo Armandinho Macedo.O show, que traz uma trilha sonora recriada especialmente para a ocasião pelos dois músicos, com acompanhamento musical ao vivo durante as exibições, terá sua primeira edição no dia 15 de outubro, às 19h, no Estação NET Botafogo, dentro da programação do Festival do Rio. Na semana seguinte, o projeto segue para o Cine Arte UFF, no dia 20 de outubro, e para a Arena Cultural Jovelina Pérola Negra, na Pavuna, no dia 22 de outubro.
“O ponto de partida é a percussão, batidas da minha terra natal, os ritmos que me tocaram quando ainda era uma menina pulando atrás do trio elétrico. Por isso, convidei Armandinho, tão baiano e tão plural instrumentista como eu”, diz Lan Lahn.
Segundo ela, o público reconhecerá alguns dos sons, já que eles fizeram questão de incluir clássicos do cancioneiro nacional como “Brasileirinho”, de Waldir Azevedo. “A criação partiu da ideia de trazer para o público uma memória coletiva de sons brasileiros. Vamos ter frevo, maculelê, afoxé, samba reggae, funk, e lógico, a guitarra baiana de Armandinho”, adiantou.
O roteiro vai passear pelos filmes sem interrupção, costurando as histórias. “É uma conexão muito forte com as imagens dos filmes. Uma troca constante. Numa hora, nós damos o ritmo e, logo em seguida, a imagem conduz o som. Somos uma orquestra de dois músicos acompanhada por todos os personagens”, finaliza a artista.
A curadoria dos filmes do "Cine Concerto Animado" é do cineasta de animação Marcos Magalhães, fundador e diretor do festival "Anima Mundi". O desafio dele foi reunir filmes que funcionassem em sequência e, principalmente, tivessem um ritmo visual que servisse de inspiração para os músicos. “É uma experiência de reinvenção de trilhas sonoras. Todos os autores foram consultados e toparam o projeto. A trilha, assim como era no cinema mudo, não necessariamente ganha uma partitura. Pode ser que aconteçam improvisos. Os músicos têm essa liberdade”, explica.
Fotos: Nelson Faria e Lara Lins. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.