11 Mar 2024

Hospital Universitário da Ufba vai triplicar oferta de 'exame do sono'

O Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia (Hupes-UFBA), localizado no bairro do Canela, em Salvador, está promovendo, nesta segunda-feira (11), uma ação educativa que contará com distribuição de cartilhas, aplicação de questionários e esclarecimento de dúvidas quanto à higiene do sono. O projeto marca a Semana Mundial do Sono, que é celebrada entre os dias 11 e 17 de março.

Além disso, o hospital anunciou que irá triplicar, ainda neste semestre, a oferta de polissonografias – passará de 20 para 60 exames mensais. A ampliação só será possível devido a compra de mais dois equipamentos para a realização desse tipo de exame.

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A polissionografia é o principal exame utilizado para investigação diagnóstica dos distúrbios do sono. “O paciente dorme uma noite inteira sob observação de um técnico, na unidade hospitalar, com sensores que são colocados em diversos pontos no corpo, como cabeça, tórax, abdômen e pernas. Esse exame tem a finalidade de identificar quando o paciente está acordado ou dormindo, quando estiver dormindo poderemos saber em qual estágio do sono, e se o paciente apresenta alguma dificuldade respiratória ou outras alterações durante esse período”, explica a otorrinolaringologista e coordenadora do Ambulatório do Sono, Cristina Salles.
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Consequências de uma má saúde do sono
 
Existem mais de 150 distúrbios do sono, sendo que os mais frequentes para o sexo masculino são ronco primário e síndrome da apneia obstrutiva. Para o sexo feminino, o mais frequente é a insônia. No entanto, a partir dos 65 anos, a mulher pode roncar e ter apneia obstrutiva do sono tanto quanto o homem, e o homem também ter insônia quanto a mulher.

 São inúmeras as consequências para quem vem apresentando a fragmentação ou a privação do sono de forma crônica. “Citarei algumas: Comprometimento da capacidade de julgamento, da capacidade de decisão, da concentração, da memória, da atenção. As pessoas tornam-se mal-humoradas, apresentam diminuição da motivação, diminuição do desempenho acadêmico ou laboral, comprometimento da relação com o grupo familiar e social. Também se observa comprometimento no sistema imunológico; absenteísmo mais elevado tanto no trabalho quanto na vida acadêmica, diminuição da leptina que corresponde ao hormônio da sensação de saciedade, aumenta a grelina que corresponde ao hormônio que dá sensação de fome, consequentemente aumenta o consumo alimentar, aumentando a probabilidade de evoluir para obesidade, hipertensão arterial sistêmica e diabetes”, elencou Cristina Salles.
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Necessidade diária
 
A necessidade diária de sono é individual e varia de acordo com a faixa etária. Segundo especialistas, crianças necessitam de cerca de 14 a 16 horas por dia. Além das horas de sono durante a noite, ainda precisam de alguns cochilos durante o dia. Já os adolescentes necessitam cerca de 9 horas de sono por noite.

“O sono é muito importante, pois durante ele ocorre a liberação do hormônio do crescimento. Para a maioria dos adultos, entre sete e oito horas de sono por dia são suficientes. Durante a melhor idade costuma-se dormir menos durante a noite, tendo o sono fragmentado. Apesar de conhecermos essa necessidade para contribuir com a boa qualidade de vida, estudos vêm demonstrando que na década de 70, os adultos dormiam cerca de 7h40, no entanto, atualmente reduziu para cerca de 6h40. Esse fato está relacionado a maior exposição a luz branca do celular, computador, entre outros fatores”, afirma a coordenadora do Ambulatório do Sono.

Fotos: Divulgação. 

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