29 Ago 2023
Grupo Emiliano prevê expansão, em projeto com diárias até 60% mais acessíveis: 'luxo invisível'
O Grupo Emiliano, à frente de alguns hotéis mais luxuosos do mundo, acaba de apresentar o v3rso, um tech boutique hotel que, através da Inteligência Artificial (IA), disponibilizará diferentes personalizações para os hóspedes, diminuindo a burocracia e conseguindo oferecer preços mais acessíveis, em serviços tão bons quanto os dos já conhecidos da rede.Atualmente, o v3rso conta com três projetos, dois deles em fase de construção. O primeiro, em São Paulo, ficará na Alameda Santos, e deve ser inaugurado no final do ano que vem. Ainda na capital paulista, outro na Vila Madalena está nos planos, além do de Porto Alegre (na foto, em 3D), previsto para o início de 2025.
A ideia não é diminuir a qualidade da hospedagem, excluindo a experiência de luxo que é um dos principais atrativos de seus hoteis. A proposta do projeto é, na verdade, automatizar a hospedagem, fazendo os custos cairem até 70%, e, por conta disso, oferecendo tarifas menores. Portanto, enquanto a diária no v3rso de São Paulo vai variar de R$ 650 a R$ 1200, a diária média no Emiliano passa de R$ 3.000.
No tech hotel, a ideia é que experiência de se hospedar seja um "luxo invisível", com um quarto que se adapta ao jeito de ser do hóspede. Neste sentido, os serviços tecnológicos vão da temperatura do quarto à intensidade de luminosidade ao longo do dia e noite, passando pela seleção musical, dos canais de televisão, opções do frigobar e modelos de travesseiros.
"Assim como os mordomos do Emiliano buscam por 'informações' para surpreender os hóspedes, a ferramenta do v3rso cria uma estadia customizada para cada um", contextualiza, em entrevista à Exame, Gustavo Filgueiras, CEO do v3rso e dos hotéis Emiliano, para quem o futuro da hotelaria está na intersecção da tecnologia com a hospitalidade.
De forma natural, o v3rso é direcionado aos hóspedes mais familiarizados com ferramentas tecnológicas, que, em sua maioria, pertencem à geração millennial. Segundo o grupo, esse perfil representa 25% da população mundial com grande poder aquisitivo. Além, disso, 50% deles se enquadram como viajantes globais, que criam regras próprias e querem viver novas experiências.
"Queremos apresentar um hotel que funcione pelo comportamento dos clientes. Por exemplo, podemos sugerir uma exposição de arte ou um bar para quem tem um perfil que gosta de vida noturna", explica. De acordo com ele, dentro desse conceito, existe um objetivo de ampliar a jornada do cliente, que começaria antes mesmo da estadia, com as recomendações e check-ins a valores flexíveis.
Tal qual o aluguel de carro numa locadora, cujo valor varia a depender do período e horário, a ideia é fazer o mesmo com a hospedagem. "No v3rso, a premissa é a mesma. Em hotéis, as pessoas preferem entrar logo cedo e sair mais tarde, mas, no v3rso, os valores variam de acordo com os horários de entrada e saída", compara o executivo, adiantando que entrar às 19h e sair às 8h custará até 40% menos do que em horários convencionais.
* Por José Mion, com informações da Exame. Foto: Divulgação.
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