26 Nov 2020
Giro de fotos: Todeschini Salvador recebe convidados para mais um coquetel com delícias franco-baianas
Fotógrafo e etnólogo francês radicado na Bahia, Pierre Verger incluiu o Fatumbi no nome para que sua religiosidade (e baianidade) fosse registrada em cartório. Oju-obá do Ilê Axé Opô Afonjá, parceiro de Jorge Amado e Carybé, o parisiense mergulhou seus olhos na alma da Bahia, para traduzir esta terra em imagens que quase tinham vida, cheiro e gosto, embora sem cor.Para compensar a falta desse último item, os chefs baianos Hélder Dantas e Erika Peleteiro, cujos currículos perpassam grandes restaurantes estrelados pelo guia Michelin na França, voltaram nesta quarta-feira (25) à Alameda das Espatódeas, no Caminho das Árvores, para apresentar pratos que, como na primeira noite, uniram as duas culturas.
Na segunda noite do encontro “Le Couer de la Cuisine” (O coração da cozinha), feito só para clientes e parceiros da Todeschini Salvador, convidados pelos empresários Christianne e Ronaldo Peleteiro, o menu contou com quatro canapés, baseados em peças de coquetel.
“São quatro canapés baseados na cozinha francesa, sempre relembrando a nossa raiz baiana. O primeiro canapé foi um gaspacho de melancia com um tomate. Um pouco avinagrado, para dar frescor nesse tempo tão quente”, explicou Hélder.
O segundo foi um blini de robalo defumado com coalhada, enquanto a terceira delícia provada pelos convidados foi uma tortinha de banana da terra com carne seca e um creme de raspas de frutas cítricas. Magnifique!
Pra terminar a noite (não confundir com terminal) da França, que contou ainda com show do DJ Hugo Haus, o quarto canapé foi descrito por Erika como “um o bao, que é um pãozinho no vapor, chinês, recheado com molho de tamarindo e siri catado”.
“O tempo todo tentando usar os produtos locais, da temporada, pra valorizar os produtos daqui, mas com as técnicas e os cursos que a gente aprendeu fora, com as ideias que a gente viu fora durante o período na Europa”, conclui a artista da cozinha.
O casal reside atualmente em Annecy, no sudeste francês. Por lá, ele atua em um bistrô com produtos locais e de alta qualidade, enquanto ela trabalha em uma casa três estrelas, cuja especialidade são peixes lacustres e legumes da região.
Erika e Hélder se conheceram no Brasil e, em busca do sonho de trabalhar com gastronomia, se mudaram para a França, onde ingressaram no Institut Paul Bocuse, considerado uma das maiores instituições de culinária no mundo.
Fotos: Elias Dantas / Alô Alô Bahia. Siga o insta @sitealoalobahia.