30 Abr 2021
Fundador da Azul cria companhia aérea que só voará aos fins de semana
David Neeleman é brasileiro, mas, filho de americanos, saiu daqui aos 5 anos de idade e só retornou depois do sucesso na aviação: criou Morris Air e JetBlue nos Estados Unidos, além da WestJet no Canadá. E repetiu a empreitada por aqui, em 2008, quando fundou a Azul. Agora, com a novata Breeze, a ideia é copiar a fórmula que fez sucesso no nosso país — e com uma pitada extra de inovação.Quando a companhia nacional foi apresentada, conquistou espaço no mercado voando a destinos com poucas ofertas de voos e utilizando aviões menores (como E190 e E195 da Embraer). No caso da Breeze, o empresário disse, em entrevista à Forbes, que as passagens custarão menos de 100 dólares e as taxas para despachar bagagem e viajar de classe executiva serão mais baratas do que nas rivais.
Para o serviço de bordo, foram escolhidos estudantes universitários de Utah, estado-sede da empresa, que serão estagiários até a formatura — e que receberão 1.200 dólares por 15 dias de trabalho, além de moradia e até 6.000 dólares mensais para cursos online. Para reduzir os custos de operação, até a central de atendimento foi trocada por um aplicativo que fará toda a interação com os clientes.
“[Vamos] enviar uma mensagem para o celular do cliente, ‘Ei, vimos que você irá voar hoje. Gostaria de comprar um sanduíche de filé mignon para entregarmos em mãos no seu assento?’ É só adicionar esses pequenos complementos divertidos, onde você pode clicar em ‘sim, sim, sim’. E podemos simplesmente continuar adicionando ao cartão de crédito”, afirmou Neeleman durante a entrevista.
Por enquanto, a Breeze deverá operar somente com 15 aeronaves da Embraer — inclusive com unidades de geração anterior cedidas pela Azul. Mas já foram encomendadas outras 60 unidades do Airbus A220, concorrente direto dos modelos brasileiros, e, segundo a Reuters, já foram pedidas mais 20 aeronaves. Como destaque, os custos de viagem serão até 30% menores que no Boeing 737 da Gol.
E o fundador da companhia garantiu, durante o World Aviation Festival, evento de aviação realizado na última semana, que nenhuma das aeronaves será aposentada após a chegada dos modelos europeus — isso porque, enquanto as unidades da Embraer ficarão concentradas nas viagens de até 2 horas, o modelo produzido pela Airbus servirá como uma alternativa para atender rotas longas. As informações são da Exame.
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