20 Out 2022

Conheça a Fintech criada por baiano que movimentou R$ 200 milhões em 8 meses

A fintech nordestina iCred, criada para emprestar dinheiro a trabalhadores formais com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), captou R$ 100 milhões por meio de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC). Esta é a primeira captação do tipo na empresa, que foi fundada há oito meses pelo baiano Túlio Matos, um dos maiores especialistas em tecnologias para políticas públicas de concessão de crédito no País. O empresário é natural de Nordestina, a 259 quilômetros de Salvador.
 
Túlio entrou no crédito consignado aos 17 anos como vendedor de de porta em porta. Com ajuda do pai e de três irmãos, eles ampliaram o envolvimento no tipo de financiamento, sendo sócios, hoje, da GVN, promotora de crédito em Juazeiro, no norte do estado, que indica clientes a uma rede de 15 bancos com alguma linha de financiamento de crédito consignado.
 
Nos últimos anos, Túlio se fixou em Aracaju para desenvolver com programadores da Universidade Federal de Sergipe uma tecnologia de inteligência artificial para simplificar a análise de dados cadastrais de pessoas interessadas em aproveitar linhas de crédito geridas pelo governo federal, um "embrião" da iCred.
 
Através da iCred, desde abril de 2020, por conta da pandemia, cotistas do FGTS podem receber parte da quantia guardada ali, antecipadamente, por meio do Saque Aniversário FGTS. A empresa opera o sistema de antecipação de recursos com uma plataforma feita dentro de casa e que, utilizando inteligência artificial, simplifica a burocracia para aprovação praticamente imediata.
 
Cruzando informações de diversos bancos de dados públicos de pessoas físicas, a tecnologia rastreia os recursos em até 3 minutos, de acordo com dados da empresa. A análise também toma até 3 minutos e a quantia antecipada cai em seguida na conta do beneficiário, enviada por Pix.
 
Em 8 meses, a iCred antecipou R$ 200 milhões em recursos no FGTS. Cerca de 1,2 milhão de pessoas fizeram simulações na plataforma, com metade delas tendo resgatado recursos.
 
* Com informações da Exame.
 
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