16 Set 2023

​​Após show de Alok e artistas indígenas na ONU, drones sobrevoam NY com alertas sobre proteção da Amazônia

Ao lado de lideranças indígenas como Célia Xakriabá e Tashka Yawanawa, Alok participou de um painel de conversas sobre música como tecnologia secreta dos povos originários, na sede da ONU, em Nova York. Ao fim, no céu da Ilha de Manhattan, milhares de drones sincronizados formaram figuras de animais, árvores e mensagens para alertar sobre o desmatamento e destruição da Amazônia.
 
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O evento que o DJ e as lideranças participaram debate os danos das mudanças climáticas e aconteceu às vésperas da semana da Assembleia Geral das Nações Unidas. No local, eles e outros convidados refletiram sobre o papel fundamental da música como ferramenta essencial para gestão do conhecimento ancestral, da cultura indígena e como chave na co-criação de um futuro sustentável. A mediação foi feita pelo produtor musical e vencedor do Grammy, Fernando Garibay.
 
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A música como uma importante ferramenta de comunicação e difusão de cultura tem sido usada pelos povos indígenas para traduzir a voz da natureza e seus conhecimentos milenares sobre questões fundamentais de sustentabilidade. Quando essa música originária encontra as estéticas e tecnologias de gêneros contemporâneos como pop, hip-hop e eletrônica, amplifica-se o seu alcance por meio das ferramentas da era digital. 

Nesse sentido, Alok, como um produtor pop contemporâneo e um dos perfis mais seguidos nas redes sociais, torna-se plataforma para colaborações interculturais com impacto global. Através da música, além de reverberar as vozes da floresta, coloca-se o tema da sustentabilidade diante de uma nova abordagem, desta vez pauta sobre cultura e entretenimento, conectando diferentes públicos e engajando mais gente no reconhecimento da população indígena ocupar os diversos espaços sociais.

Performance

Ao final do painel, Alok e artistas indígenas fizeram uma live-performance no topo do edifício-sede da ONU. As canções "Sina Vaishu" (Yawanawa), "Canto do Vento" (Wyanã), "Jahará" (Brô MCs) e "Pediju Kunumigwe" (Guarani Nhandeva) foram apresentadas como músicas e mensagens dos povos indígenas ao mundo. Essas canções vão integrar a Coleção Som Nativo composta por seis álbuns de distintas etnias indígenas e que conta com o reconhecimento da UNESCO por sua contribuição relevante para a Década Internacional das Línguas Indígenas (2022/2032).
 
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No céu da Ilha de Manhattan, milhares de drones sincronizados formavam figuras como a onça pintada, boto-cor-de-rosa e a árvore Sumaúma para alertar sobre o desmatamento e destruição da Amazônia. Além disso, formou-se também um QR code que direcionava para o site "The Projecting Change", que reúne diversas ações e instituições em prol da sustentabilidade. 

O ato, ao som de "Sina Vaishu" (Yawanawa), foi organizado pela Avaaz, que atua em âmbito internacional, se envolvendo nas principais pautas ambientais em discussão.

Publicado por Hilza Cordeiro | Fotos: AP Images for Avaaz e Filipe Miranda

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