Digressões semanais

Para Miss Chanel. Coco, ma chèr, Foi a festa mais bonita da Bahia, em todos os tempos. Um riad no meio green  do Hotel Deville, suntuoso e tropical. Tudo climatizado a 20o C, decór em vermelho e efeitos de laser verde. Palmeiras em profusão, rosas colombianas, mini-rosas, todas multicoloridas, formavam mosaicos espetaculares. O pé direito altíssimo, céu de urdimento vermelho cravejado de cristais verdes e red carpet, além de incontáveis lustres e candelabros de cristal, mais uma quantidade de orquídeas brancas jamais vista, tornavam o ambiente delirante. A arte de Martinelli incinerou as vaidades. Tudo era de quantidade e qualidade insuperáveis. Mulheres lindas, vestidos lindos, jóias ricas. Muitos brilhantes, muitas esmeraldas, muitos rubis, safiras, turmalinas – o pib brasileiro abriu o cofre e tirou suas pedrinhas para ajudar a compor o casamento de sonho de Isabela Suarez e Jonguinha Bacellar. A noiva linda, linda: vestido perfeito e véu perfeito arrematado por uma tiara de diamantes mais-que-perfeita de Carlos Rodeiro. E eram bem crescidinhas, as pedrinhas da tiara. Ufa! Numa cena rara na Bahia, os homens estavam eleganterrimos. Festa noturna no Brasil obriga tons mais fechados de grafite, cinzas muito escuros e azuis profundos – mais escuros que o preto à luz das velas. E eles prevaleceram. Ainda que não fosse black-tie, as gravatas pretas imperaram. Coral de 80 vozes, orquestra e carnet de programa impresso. Show de Asa de Águia e canja de Armandinho (luxos baianos). Teve inclusive socialite penetra. Se fosse filme, o diretor levava o Oscar. A benção nupcial de Pe. Luís e de Pe. Abel foi emocionante. E ninguém estava mais feliz que a noiva e seu pai, Carlos Suarez. Mulheres em destaque: não cabe neste post. Biga Suarez, não conta. Vestido espetacular e jóias fabulosas. E muitas crianças lindas brincando, como convém a casamentos de gente bem. O imenso cenário ficou lotado por muitos amigos. Demonstração de prestígio inconteste, retribuída com comida maravilhosa, doces maravilhosos e milhares de garrafas de Perrier-Jouet Reserve e Alion Vega Sicília. Luxo de verdade, em quantidades sultanescas. Fica a lição: luxo sem igual, mas festa calorosa, familiar, sem afetação e sem estrelismo; a riqueza maior foi a animação dos convivas e a pista de dança lotada até o sol raiar. Quem faltou? Ninguém comentou comigo. Sem noção: ”eu sou o máximo, eu sou tudo, eu sou lindaaaa, eu, eu, eu!” É nada filha, tudo passa... o sonho acaba. Com afeto, mademoiselle, me dispense hoje, preciso de máscara de dormir, blackout e meus travesseiros. Depressão pós-festa, bien sür... Aceite meus beijos, Monsieur Boy

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