Pesquisa apresenta perfis de influencers mirins na Bahia; confira

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Os “blogueirinhos” ou influencers mirins, como são conhecidos, têm ganhado um espaço cada vez maior e chamado a atenção de grandes empresas. Com produções que abordam temáticas como moda, lazer, beleza e lifestyle, eles acabam movimentando um mercado que está em constante crescimento, e na Bahia, essa realidade não é diferente.

Um levantamento realizado pela Agência Comunicativa entre os dias 28 de abril e 13 de maio, mapeou 133 pessoas responsáveis por perfis de influenciadores mirins no Instagram. A cidade de Salvador possui cerca de 90 perfis apresentados por crianças que tem cativado diariamente uma grande quantidade de seguidores na internet. Já em outros lugares do estado, os destaques ficam por conta de Feira de Santana e Lauro de Freitas, que registram cerca de 10 a 20 perfis ativos de mini influencers cada uma.

A pesquisa também constatou que as contas dos “blogueirinhos” baianos são compostas, em sua maioria, por crianças com faixa etária entre 3 e 12 anos de idade. Dentre os conteúdos produzidos, 57,14% estão voltados para a área de moda, 22,55% para lazer e dicas de roteiros, 4,51% para conteúdos relacionados a maternidade e 13,53% se encaixam em outras áreas não especificadas.
 
Para Moisés Brito, sócio-diretor da agência Comunicativa e idealizador da pesquisa, a ideia do levantamento é conhecer um público novo, mas essencial para o planejamento de algumas marcas. “Diariamente somos impactados pelo conteúdo e também por contato direto dessas famílias, por isso, nada mais natural do que entender quem são essas pessoas e o que elas esperam desse contato com agências, marcas e empresas”, explica.
 
 
De olho nas orientações

 
Dos 133 entrevistados que atuam no mercado baiano, cerca de 30% ainda não estão familiarizados com algumas recomendações na hora da produção e divulgação de conteúdo infanto-juvenil. Para tornar essas informações mais acessíveis, em 2021, o Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária lançou o Guia de Boas Práticas para Publicidade Online Voltadas ao Público Infantil, com o objetivo de levar orientações gerais que estejam alinhadas com as regras implementadas para os criadores de conteúdo, anunciantes e agências de comunicação que desenvolvem materiais publicitários com o foco em crianças influenciadoras.
 
“Aproveitamos a primeira fase do mapeamento para disponibilizar a todos os participantes o Guia de Boas Práticas. Como agência que representa marcas em diversos segmentos é importante que pais e mães entendam que mesmo de uma forma leve e divertida, isso é uma forma de inserir a criança no mundo de contratos, exposição, prazos, briefings e outras entregas esperadas apenas na vida adulta”, avalia Moisés Brito.


Influencers mirins: Quem são?
  
Uma segunda fase da pesquisa mapeou a etnia/raça dos influenciadores mirins e, através dos resultados, foi possível perceber que 39,5% das crianças são identificadas como pardas, 34,9% são pretas, 17% brancas, 2,3% identificam-se como indígenas e 1,5% se consideram amarelas.
 
No quesito religião, o estudo apontou que a maioria das crianças e suas famílias seguem o Catolicismo. A segunda religião mais apontada foi a Protestante/Evangélica, com cerca de 21,7%. Religiões de matrizes africanas também foram citadas no questionário, com 3,1% afirmando seguir o Candomblé ou Umbanda. Já 3,1% se identificaram como seguidores do Espiritismo, 1,5% como Agnósticos e 13,9% afirmaram seguir outras religiões não citadas na pesquisa.
 
Os dados coletados revelaram que 43% das crianças pediram aos responsáveis para criar um perfil nas redes sociais. O tópico ainda apontou que 36% dos perfis surgiram de uma decisão dos próprios pais, enquanto 12% foram montados por indicações de amigos. 9% dos entrevistados revelam que a conta foi criada por outros motivos.


Foto: Divulgação. Também estamos no Instagram (@sitealoalobahia), Twitter (@Aloalo_Bahia) e Google Notícias.
 

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