Orquestras Afrobaianas apresentam concerto gratuito na Concha Acústica do TCA

Orquestras Afrobaianas apresentam concerto gratuito na Concha Acústica do TCA

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Divulgação

Publicado em 29/10/2024 às 10:32 / Leia em 3 minutos

O cenário musical da Bahia promete ficar ainda mais forte com a estreia de oito Orquestras Afrobaianas, que serão apresentadas ao público no dia 14 de novembro, às 20h, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador. O concerto marca o encerramento da primeira edição do Ponte Para a Comunidade – Orquestras Afrobaianas, realizado pela Casa da Ponte, organização sociocultural presidida pelo maestro Ubiratan Marques, voltado para a formação musical de moradores de diversas comunidades de Salvador. O evento contará com a participação da Afrosinfônica e Russo Passapusso. 

No final do espetáculo, cada Orquestra Afrobaiana, com percussão, sopros e voz, será entregue para organizações parceiras do projeto, como Filhos de Gandhy, Ilê Aiyê, Olodum, Malê Debalê, Banda Didá, Pracatum, Cortejo Afro e Grupo Étnico Cultural. Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados a partir do dia 7 de novembro, através da plataforma Sympla.

Com direção artística de Ubiratan Marques, Filipe Cartaxo e Russo Passapusso, o show terá a participação da Orquestra Afrosinfônica da Casa da Ponte, a primeira do gênero do país, que será a base para a execução do repertório. “Quando pensei no projeto, a primeira coisa que veio à minha cabeça foi a sua sustentabilidade, como manter as orquestras. Para isso, pensamos em um plano de manutenção que vai nos permitir adquirir os instrumentos e continuar com as aulas de qualificação nos polos nas comunidades e na Casa da Ponte. Estamos entregando as orquestras para as organizações afros, prontas para participar de projetos culturais de iniciativas privadas ou governamentais”, comenta Ubiratan.

Nesta primeira edição, o Ponte Para a Comunidade – Orquestras Afrobaianas está atendendo cerca de 1,5 mil alunas e alunos, de todas as idades, em Salvador. O projeto disponibiliza cursos de percussão afro, percussão sinfônica, sopros, violão e canto coral, além de piano, contrabaixo acústico, guitarra, violoncelo, que são ministrados por professores como Mou Brasil (guitarra), Érica Sá (percussão) e Luciano Chaves (sopros).

A música brasileira foi fundamentada na Bahia, de matriz africana e dos povos originários, a Afro-indígena-brasileira. É preciso que os governos cuidem dos nossos jardins, pois ainda há investimentos milionários na cultura estrangeira. Só nas orquestras com formação eurocêntrica são investidas mais de um bilhão, tem orquestra aí que gasta 100 milhões por ano. É o alemão tentando falar com o sotaque brasileiro. Imagine se durante todo esse tempo a gente tivesse investido na nossa cultura, fazendo todas as orquestras tocarem música brasileira”, questiona o maestro.

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