Galinheiro onde Irmã Dulce acolheu enfermos se torna marco zero do Memorial em homenagem à santa

Galinheiro onde Irmã Dulce acolheu enfermos se torna marco zero do Memorial em homenagem à santa

Redação Alô Alô Bahia

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Larissa Almeida para CORREIO

Arisson Marinho/CORREIO

Publicado em 25/10/2024 às 14:43 / Leia em 3 minutos

O galinheiro que abrigou os 70 enfermos acolhidos por Irmã Dulce na década de 40, ao lado do Convento Santo Antônio, em Salvador, agora é o ponto inicial do tour guiado pelo Memorial Santa Dulce dos Pobres.

Após passar por uma requalificação que durou aproximadamente um ano, o espaço de memória e preservação da trajetória da santa abrirá as portas para o público, gratuitamente até o final do ano, a partir do dia 5 de novembro.

Com novo nome – antes, o local se chamava Memorial Irmã Dulce –, o equipamento cultural e religioso foi completamente transformado e adaptado para receber idosos, crianças e pessoas com deficiência.

Na manhã desta sexta-feira (25), foram apresentadas as novidades do museu. Se antes quem chegava para visitar o espaço ia direto para a exposição sobre a vida de Irmã Dulce, agora é preciso ir direto para os fundos, de volta para onde tudo começou.

“Era um desejo nosso ter o marco zero, porque o galinheiro é muito emblemático para as pessoas que nos visitam e, especialmente, para que os nossos profissionais nunca percam as origens. Nós começamos de um galinheiro e nos tornamos uma grande empresa com os mesmos valores de quando começamos”, afirma Maria Rita Pontes, superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) e sobrinha da santa.

“O galinheiro simboliza o momento em que ela [Santa Dulce] decide mudar totalmente, abraçar a vocação como religiosa, acolher os mais pobres. Ela, que era professora, sentiu o chamado de Deus para cuidar das pessoas que mais precisavam dela. Isso é o que esse Memorial mostra o tempo todo”, pontua Maria Rita.

O galinheiro foi reformado, ganhou um gradil ornamentado com desenhos de galinhas e duas fotos inéditas de Irmã Dulce cuidando dos pobres que passou por ali durante os dez anos em que o espaço funcionou como local de acolhimento. Além disso, a estrutura do museu ganhou novos recursos de acessibilidade, como rampas de acesso, elevadores, corrimões, monitores bilíngues e de Libras. O local ainda passou a ter um novo roteiro de visitação, com salas divididas por ordem cronológicas dos fatos marcantes da vida da primeira santa brasileira.

As novidades também incluem um corredor lúdico que reúne objetos que remetem à infância do Anjo Bom da Bahia: representações de mamonas – fruto que as crianças jogavam umas nas outras –, pipas, bolas de gude e a camisa do Ypiranga, o clube de futebol pelo qual ela torcia.

No local, ainda há um espaço para contação de histórias sobre a trajetória dela até a santidade. Outras salas contam com telas interativas integradas a dispositivos de áudio, que narram pedaços da vida de Dulce, fotografias inéditas e um espaço para retratar a devoção dela a Santo Antônio, incluindo objetos, esculturas e relatos inusitados que testemunham essa relação.

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