Estudantes com contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) firmados a partir de 2018 já podem renegociar suas dívidas. Segundo o Ministério da Educação (MEC), cerca de 160 mil pessoas devem ser beneficiadas pela medida, que busca facilitar a regularização dos débitos e oferecer condições mais acessíveis de pagamento.
O prazo para solicitar a renegociação começou no último sábado (1º) e vai até 31 de dezembro de 2026, e todo o processo será feito digitalmente, pelo aplicativo Fies Caixa ou no site da Caixa Econômica Federal.
A medida vale para quem já concluiu o curso, está na fase de amortização e possui parcelas atrasadas há mais de 90 dias até 31 de julho de 2025. O saldo total das dívidas que poderão ser renegociadas é de aproximadamente R$ 1,8 bilhão.
O novo modelo permite o parcelamento em até 180 vezes (15 anos), com perdão integral de juros e multas, reduzindo o valor final devido. A parcela mínima é de R$ 200, exceto para contratos com saldo inferior a esse valor. A formalização será feita por meio de um termo aditivo ao contrato original.
A renegociação não contempla valores de coparticipação com as instituições de ensino, seguros prestamistas ou tarifas bancárias, nesses casos, o estudante deve negociar diretamente com a faculdade.
Criado em 2001, o Fies é um programa do MEC que financia cursos de graduação em faculdades privadas com bom desempenho no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).
Desde 2018, passou a oferecer juros zero para estudantes de menor renda e financiamento proporcional à renda familiar. Para participar, é necessário ter feito o Enem a partir de 2010, com média mínima de 450 pontos e nota acima de zero na redação, além de renda familiar mensal de até três salários mínimos por pessoa.
