Astrônomos e entusiastas da astronomia estão aproveitando um espetáculo celeste neste início de ano. Durante janeiro e fevereiro, ocorre um alinhamento planetário, um fenômeno em que diversos planetas se posicionam no mesmo lado do Sol, criando a impressão de estarem alinhados no céu da Terra.
Embora seja apenas um efeito de perspectiva, a visão simultânea de Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno impressiona observadores ao redor do mundo. Quem perder essa oportunidade ainda terá um momento especial: no dia 28 de fevereiro, Mercúrio se juntará ao grupo, proporcionando um raro alinhamento de sete planetas visíveis.
A astrônoma Jenifer Millard, do Fifth Star Labs, no Reino Unido, destaca a experiência de ver os planetas a olho nu. “É fascinante pensar que a luz que chega aos nossos olhos percorreu milhões ou bilhões de quilômetros pelo espaço”, disse à BBC.
O evento é considerado raro, sendo previsto para ocorrer novamente apenas em 2040.
Impacto do alinhamento planetário na Terra
Apesar do impacto visual, os alinhamentos planetários não afetam significativamente a Terra. Segundo Millard, trata-se apenas de uma coincidência na posição orbital dos planetas. No entanto, cientistas apontam que o fenômeno tem valor para a astronomia, permitindo estudos mais precisos sobre órbitas e movimentos planetários. Também auxilia na calibração de telescópios e outros instrumentos astronômicos.
Outro aspecto relevante é a assistência gravitacional, uma técnica usada por espaçonaves para ganhar velocidade ou alterar trajetória ao aproveitar a gravidade de um planeta, reduzindo o consumo de combustível.
Na Terra, os efeitos gravitacionais desses alinhamentos são desprezíveis. Fenômenos como a “Grande Conjunção” entre Júpiter e Saturno, que ocorre a cada 20 anos, podem causar pequenas perturbações em asteroides e cometas, mas não impactam a gravidade, o clima ou a geologia do planeta. Alegações contrárias carecem de embasamento científico e devem ser tratadas com ceticismo.