Paulo Maluf segue preso na Papuda, em Brasília

Muito, e quase tudo, já foi dito sobre Paulo Maluf, 86 anos. A história do maior político do estado de São Paulo continua sendo escrita, agora da cadeira da Papuda, em Brasília. Preso desde o dia 20 de dezembro, ele segue numa cela de 30 metros quadrados acompanhado de outros 3 presos, quando caberiam 10 no mesmo espaço.

São recorrentes os pedidos de prisão domiciliar alegando graves problemas cardíacos – além do câncer na próstata -, os mesmos que não convencem o promotor de Justiça Sílvio Marques, um dos autores da denúncia que levou Maluf à cadeia. Os advogados o visitam todos os dias, entre eles Jorge Nemr e Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e já conseguiram o benefício de contato com o cliente sem barreira, por conta da dificuldade de audição. Pelos problemas na locomoção, também lhe foi permitido usar sapatos fechados e não sandálias, como usam todos os presos.

Na mesma cela de Paulo Maluf estão o holandês Frank Andy Edgard Uden, que responde por tráfico de drogas e aguarda extradição para seu país de origem, Hélio Garcia Ortiz, preso por burlar concursos públicos e o médico Maikow Luiz de Araújo, condenado por tráfico de drogas e por exercer uma especialidade que não foi diplomado. É Maikow que tem auxiliado Maluf durante alguma caminhada e atividades, além de lhe prestar atendimento médico informal.

A situação aperta mesmo quando se fala de alimentação e higiene, já que não há banheiro na cela e por isso ele optou por usar fralda geriátrica e ter um pouco mais de intimidade. A comida da Papuda não agradou a Maluf, que prefere ficar a base de pizza e refrigerante, tudo providenciado pelos advogados. Também paga R$ 3,00 para um detento lavar seu uniforme e R$ 3,50 para outro lhe fazer a barba. Para preservar a família, o político a proibiu de visita-lo na cadeira e assim passa os dias, aguardando ansioso a data para a próxima audiência que avaliará mais um pedido de prisão domiciliar.

Foto: Reprodução. Siga o insta @sitealoalobahia

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