MPF-BA apura denúncia de sumiço de obras de arte na Ordem Terceira de São Francisco

O Ministério Público Federal na Bahia instaurou um inquérito para apurar uma denúncia de que cinco obras de arte foram retiradas ilegalmente de uma das principais igrejas de Salvador, a Ordem Terceira de São Francisco, templo religioso do século XVIII, localizada no Centro Histórico da capital baiana.

A Igreja Ordem Terceira de São Francisco, fundada em 1703, foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1938.

As obras que teriam sido retiradas da igreja são de autoria do pintor baiano José Teófilo de Jesus, mestre da pintura no século XVIII, com obra eclética, mas com características marcantes nos estilos barroco e neoclássico. Na igreja do Bonfim, uma das mais populares e conhecidas de Salvador, também há obras de José Teófilo.

Conforme publicado no Diário Eletrônico do MPF no dia 6 de maio, a denúncia foi recebida em julho de 2017 pelo MPF em São Paulo, pois na época, as cinco obras estariam expostas no Museu Afro Brasil, na capital paulista.

Por meio de nota, o MPF informou que como o inquérito foi instaurado recentemente, as informações ainda serão colhidas conforme o andamento do procedimento, incluindo o resultado das diligências requeridas na portaria de instrução. Diante disso, ainda não há divulgação e nem serão concedidas entrevistas sobre o caso.

Ainda segundo a publicação no diário eletrônico, foi solicitado que o Iphan, no prazo de 20 dias - a partir da publicação - informe se existe inventário das obras que pertencem à Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, assim como os respectivos autores e a localização atual das obras, relatando, ainda, se entre o acervo constam, ou já constaram, telas pintadas por José Teófilo de Jesus.

De acordo com a assessoria de comunicação do Iphan, o órgão ainda não foi notificado pelo Ministério Público Federal, portanto não irá se pronunciar sobre o assunto.

O mesmo pedido solicitado ao Iphan foi direcionado para a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, que deve responder no mesmo período de 20 dias. (com informações do G1).

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