Alô Alô Bahia entrevista DJ Marcelo Botelho

O DJ Marcelo Botelho, uma das figuras que costumam ser vistas atrás das picapes das mais concorridas festas e casas noturnas de São Paulo, Rio de Janeiro e outras cidades, além de ser muito reconhecido como DJ de casamentos, bateu um papo com o Alô Alô Bahia sobre a carreira, a cena da música eletrônica, planos para 2018 e revela também sua agenda para a temporada de verão. Vem ver.
 
Alô Alô Bahia: Qual balanço você faz sobre o ano de 2017? E quais são as suas expectativas pessoais e profissionais para o ano de 2018?

Marcelo Botelho: Foi um ano muito bom, pois acho que consegui me consolidar mesmo no mercado de casamentos, foi o ano que eu me firmei nesse mercado como um dos grandes DJs do Brasil, e acredito que agora mais do que ser conhecido e ser famoso, o importante é conseguir gerar uma confiança e credibilidade aos contratantes e aos eventos.
 
Alô Alô Bahia: Como foi o caminho para se consolidar como um dos principais DJ’s e produtores do Brasil? Quais foram os principais desafios que você enfrentou?

MB: O lance é trabalho mesmo. Eu já estou há muito nesse mercado, toco há 20 anos, não comecei ontem, é um trabalho de formiguinha mesmo, você conquista o seu espaço baseado no seu trabalho, conhecendo pessoas novas e buscando oportunidades. É um trabalho que não é só festa como muitos pensam, exige um profissionalismo muito grande.

Alô Alô Bahia: Você já teve a oportunidade de comandar festas nas melhores casas noturnas do país e no exterior também, além de ser bastante reconhecido como DJ de casamentos. Se pudesse elencar o TOP 3 dos melhores eventos nos quais já tocou, quais seriam?

MB: É muito difícil escolher, pois todos os eventos que já participei foram especiais de alguma forma. Mas tiveram alguns que marcaram muito minha carreira, como ter tocado no trio Skol no Carnaval de Salvador, no Circuito Barra Ondina, com o Will.i.am do The Black Eyed Peas. Fizemos o circuito inteiro juntos, tocando back 2 back, o que depois acabou me rendendo um convite para tocar no lançamento da música dele no Brasil, onde toquei com ele novamente. Já no ramo de casamentos, acho que eu posso falar, não só pela importância, mas pelo local e pela energia, o casamento da Helena Bordon com o Humberto Meirelles. Já na parte underground, foi quando o Mos Def veio para o Brasil fazer um show, e tocamos no mesmo evento. Além, é claro, da festa para o Mick Jagger na Bud Mansion, em 2016, que além de ter gerado muita mídia, gerou um convite para tocar para os integrantes da banda em Porto Alegre. Sinal que o feedback foi positivo.
 
Alô Alô Bahia: Em 2017 você teve a oportunidade de tocar para ícones da música como Bono Vox e Mick Jagger. Como foi a experiência?

MB: Foram dois eventos muito interessantes, uma experiência única. Acredito que o convite de tocar para o Bono Vox surgiu porque pessoas em comum de ambos os eventos me indicaram. Apesar de ter sido bem discreta, foi uma festa muito legal, todos estavam curtindo e, além de toda banda do U2, o Noel Gallagher também estava lá.  Já tocar para o Mick Jagger foi sensacional, além de ter gostado muito e dançado a noite toda, depois acabou surgindo a oportunidade de tocar para ele em Porto Alegre, e esse ano quando voltou para as comemorações de aniversário do filho.

Alô Alô Bahia: Quem você acha que está mandando bem na cena da música eletrônica atualmente? 

MB: A cena eletrônica brasileira de uns anos para cá está muito forte, vem sendo cada vez mais reconhecida internacionalmente. É até redundante, mas o Alok e o Vintage Culture são dois artistas que cresceram muito, e hoje alcançaram um reconhecimento que vai muito além do nosso país. Além disso, tem uma nova geração que está seguindo os mesmos passos, como o Cat Dealers, que esse ano apareceu bastante nesse cenário. Esses artistas estão focados na produção de música eletrônica e acredito que esse seja o caminho.

Alô Alô Bahia: Como está a agenda para a temporada de verão? Por onde irá passar?

MB: Está bem intensa, seguindo o ritmo que tivemos o ano todo. Neste verão toco em Trancoso - nas festas da Agencia Haute-, além de Caraíva e Santo André, na Bahia. Saindo de lá, vou direto pra Jurerê Internacional.

Alô Alô Bahia: Qual estilo de playlist o público de Trancoso pode esperar para a festa de Réveillon desse ano?

MB: Acho que a música que todo mundo vai tocar esse ano aqui no Brasil é a música Cola, do Camelphat & Elderbrook, que foi uma grata surpresa, do selo Defected. Foi o que eu vi em Ibiza, e é o clima que eu vou levar para o Réveillon de Trancoso.

Alô Alô Bahia: Quais são os próximos projetos?

MB: Esse ano estive bem focado na minha agência, a Briefing Agency, que além de agenciar mais de 30 DJs, acaba de anunciar uma nova plataforma, a Briefing Band, e ano que vem eu pretendo continuar concentrado nisso, mas lógico mantendo em paralelo minha carreira de DJ, o objetivo é trabalhar bastante.

Alô Alô Bahia: Qual música melhor representaria Marcelo Botelho agora? 

MB: Acho difícil uma música só, mas estou curtindo músicas com clima bem tropical. Fiz algumas viagens esse ano que me inspiraram bastante, como Ibiza, e estou com muitas referências de lá. Além disso, estou ouvindo bastante músicas clássicas da House Music.

Alô Alô Bahia: Qual música melhor representaria o ano de 2017 para você? 

MB: Acho que a música One of Us, do Sabb ft.Forest remixada pelo Dennis Ferrer, representa bem o ano. Foi um ano frenético, acelerado, com um ritmo bem diferente dos outros anos, e essa música tem uma batida bem pra cima, alto astral.

Foto: Divulgação. Siga o insta @sitealoalobahia
 

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