Inteligência artificial será usada para corrigir tarefas escolares da rede pública em SP

Inteligência artificial será usada para corrigir tarefas escolares da rede pública em SP

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto

Marco Ankosqui/Secretaria de Educação de SP

Publicado em 20/05/2025 às 09:38 / Leia em 2 minutos

O governo de São Paulo iniciou um projeto piloto que utiliza inteligência artificial (IA) para auxiliar na correção de lições de casa de alunos da rede pública estadual. A iniciativa, que está em fase de testes, será aplicada a estudantes do 8º ano do ensino fundamental e da 1ª série do ensino médio, por meio da plataforma digital TarefaSP.

A proposta é que a IA atue como uma assistente de correção, oferecendo devolutivas automatizadas sobre atividades dissertativas. Segundo a Secretaria da Educação, o sistema não substituirá os professores, mas pretende ampliar o acesso dos estudantes a correções mais rápidas e detalhadas, especialmente em questões que demandam interpretação e argumentação.

Durante a fase de testes, cerca de 5% das respostas serão corrigidas pela inteligência artificial. As disciplinas incluídas no experimento são língua portuguesa, matemática, ciências, química, física, geografia e história. A correção, no entanto, não terá impacto nas notas dos alunos por enquanto.

A ferramenta funciona da seguinte forma: ao finalizar uma atividade dissertativa na TarefaSP, a resposta do aluno entra em uma fila de análise. A IA, então, compara a resposta com a solução modelo desenvolvida por especialistas da Secretaria e indica se a questão foi respondida de forma correta, parcialmente correta ou incorreta — oferecendo também uma explicação sobre o desempenho. O aluno pode, ainda, avaliar o comentário recebido.

Criada em 2023, a plataforma TarefaSP é usada a partir do 6º ano do fundamental para envio e acompanhamento de atividades escolares. Com o novo recurso, a expectativa é que os estudantes recebam feedbacks de forma mais rápida e eficiente.

Especialistas, no entanto, alertam para o uso cauteloso da tecnologia. A ex-diretora global de Educação do Banco Mundial, Claudia Costin, destacou que a IA pode ser uma aliada no processo educacional, mas exige monitoramento. “É preciso atenção dos pais e professores para garantir que os resultados sejam, de fato, positivos”, afirmou.

Ainda sem data para conclusão, o projeto será avaliado nos próximos meses por escolas e docentes da rede estadual. A decisão sobre a ampliação ou não da ferramenta dependerá dos resultados observados durante o período de testes.

Compartilhe

Alô Alô Bahia Newsletter

Inscreva-se grátis para receber as novidades e informações do Alô Alô Bahia