Justiça do Rio afasta presidente da CBF após suspeita de fraude em assinatura

Justiça do Rio afasta presidente da CBF após suspeita de fraude em assinatura

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Tiago Mascarenhas

Reuters

Publicado em 15/05/2025 às 20:51 / Leia em 2 minutos

A presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sofreu uma reviravolta, nesta quinta-feira (15), com a decisão do desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que determinou o afastamento de Ednaldo Rodrigues do cargo.

No lugar dele, foi nomeado como interventor o vice-presidente Fernando Sarney, que terá a responsabilidade de convocar novas eleições.

A medida tem como base suspeitas de falsificação na assinatura do ex-presidente interino Coronel Nunes, em um acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no início do ano, que havia garantido a permanência de Ednaldo no comando da entidade.

Uma perícia apontou indícios de que a assinatura usada no documento pode ter sido forjada. O magistrado também citou dúvidas sobre a capacidade mental de Nunes, diagnosticado com câncer cerebral desde 2018.

Com isso, o acordo que havia encerrado a disputa judicial sobre a eleição de Ednaldo em 2022, na qual ele foi candidato único, foi anulado. A eleição o havia conduzido a um mandato até 2026, posteriormente estendido até 2030 com apoio unânime das federações e clubes das séries A e B.

Sarney, agora à frente da entidade de forma provisória, afirmou que manterá decisões já anunciadas, como a contratação do técnico italiano Carlo Ancelotti para a Seleção Brasileira, ainda que o Real Madrid não tenha confirmado oficialmente a saída do treinador. “Sou apenas transitório”, disse ele.

Essa é a segunda vez que o Tribunal de Justiça fluminense afasta Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF, a primeira foi em dezembro de 2023, revertida por decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF, em janeiro deste ano.

O caso voltou à Justiça estadual por decisão do próprio Gilmar, que, apesar de ter negado pedidos de afastamento, determinou apuração urgente das denúncias apresentadas pela deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e por Fernando Sarney.

Antes do afastamento, Ednaldo tentou articular apoio entre presidentes de federações estaduais em uma reunião na sede da CBF.

Mesmo com o respaldo do departamento jurídico da entidade, que confiava numa possível reversão no STF, a decisão judicial prevaleceu e o afastamento foi determinado. “Quem faz as coisas corretas não tem o que temer”, declarou Ednaldo pouco antes da queda.

Compartilhe

Alô Alô Bahia Newsletter

Inscreva-se grátis para receber as novidades e informações do Alô Alô Bahia