Bebês reborn: recém-nascidos de mentira chegam a custar até R$ 9,5 mil no Brasil

Bebês reborn: recém-nascidos de mentira chegam a custar até R$ 9,5 mil no Brasil

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Tiago Mascarenhas

Reprodução/TV Globo

Publicado em 13/05/2025 às 11:36 / Leia em 3 minutos

Com aparência idêntica à de um bebê de verdade, os bonecos reborn viraram fenômeno nas redes sociais e movimentam um mercado em expansão no Brasil. Uma das referências no setor é a empresária e artesã Alana Nascimento, que há mais de 20 anos cria manualmente os modelos em seu ateliê localizado dentro de um shopping em Campinas (SP). Os preços variam de R$ 750 a R$ 9,5 mil.

As peças mais caras recebem tratamento especial: ficam até em incubadoras, simulando o ambiente de uma maternidade. Além disso, os compradores têm acesso a documentos como certidão de nascimento, carteira de vacinação e até “teste do pezinho”.

Há também encenações do “parto empelicado”, quando o bebê nasce ainda envolto pela bolsa amniótica, tudo acompanhado por clientes e curiosos.

Parto de um bebê reborn mostrado em matéria no “Fantástico” – Foto: Reprodução/TV Globo

Parto de um bebê reborn mostrado em matéria no “Fantástico” – Foto: Reprodução/TV Globo

Cada boneco começa a ser produzido a partir de kits desmontados, que são pintados à mão. O cabelo é implantado fio a fio e a pintura inclui veias, manchas e textura de pele para reforçar o realismo. O termo “reborn”, que significa “renascido” em inglês, faz referência à técnica artesanal usada nesse processo.

Embora existam modelos mais acessíveis, a personalização e o detalhamento impactam diretamente no valor final. Versões exclusivas, feitas sob medida com silicone premium e cheirinho de bebê, podem ultrapassar os R$ 10 mil.

Segundo estimativas da revista Forbes, peças encomendadas com características específicas, como expressão facial, tom de pele e tipo de cabelo, podem chegar a R$ 12 mil.

Foto: Reprodução/TV Globo

Foto: Reprodução/TV Globo

A venda acontece tanto em lojas físicas quanto em ateliês, marketplaces e redes sociais. Há ainda comunidades online que reúnem colecionadores e artistas para compra, troca e divulgação dos bonecos.

O debate em torno dos reborn ganhou força após uma reportagem do “Fantástico” sobre o assunto, levantando discussões sobre os limites entre arte, afeto e fantasia. Para os criadores e compradores, no entanto, trata-se de uma forma legítima de expressão, colecionismo e conforto emocional.

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