A modelo e apresentadora Carol Ribeiro, de 43 anos, revelou que convive há anos com sintomas da esclerose múltipla, mas só teve o diagnóstico confirmado em 2023.
Desde 2015, ela já enfrentava sinais como formigamento, falhas na fala e na locomoção, cansaço extremo e insônia prolongada. Ainda assim, atribuía os episódios ao ritmo intenso de trabalho, estresse, menopausa ou até síndrome do pânico.
Carol contou que tentou diversos caminhos: recorreu a suplementos por conta própria e buscou médicos que apontaram causas como deficiência de ferro ou problemas na tireoide. Foi por incentivo da amiga Ana Claudia Michels, ex-modelo e hoje médica, que resolveu procurar um neurologista.
A ressonância magnética trouxe o diagnóstico definitivo: esclerose múltipla, doença crônica do sistema nervoso central que atinge cerca de 40 mil brasileiros.
“Chorei muito”, contou a apresentadora, que reconhece hoje os sinais que ignorou no passado, como a perda temporária dos movimentos da mão esquerda em 2015. “Se naquela época eu tivesse investigado, talvez tivesse descoberto antes”, refletiu ela em entrevista ao “Fantástico”.
A esclerose múltipla ocorre quando o sistema imunológico ataca a camada que reveste os neurônios, afetando a comunicação entre cérebro e corpo.
Os sintomas variam conforme a região afetada: desde fadiga intensa até alterações motoras e cognitivas. A doença é mais comum em mulheres entre 20 e 40 anos.
Especialistas reforçam que o diagnóstico precoce é essencial para o controle da evolução. Atualmente, os tratamentos são mais eficazes e há medicamentos disponíveis pelo SUS. “Não é mais uma sentença”, afirmou o neurologista Rodrigo Thomaz, do Hospital Albert Einstein.
Carol agora usa sua história para alertar outras pessoas. “É possível viver bem, mas é preciso ouvir o corpo”, disse.