O número de vítimas fatais do desabamento do teto da discoteca Jet Set, em Santo Domingo, capital da República Dominicana, chegou a 113, conforme informaram autoridades locais nesta quarta-feira (9). Mais de 100 pessoas seguem desaparecidas.
“Temos a parte da identificação dos corpos e a quantidade. Quanto às nacionalidades, o Inacif (medicina forense) fornecerá as informações”, afirmou Juan Manuel Méndez, diretor do Centro de Operações de Emergência (COE).
A tragédia aconteceu na madrugada de terça-feira (8), durante uma apresentação musical. O teto da casa noturna cedeu quase por completo enquanto a banda liderada por Rubby Pérez se apresentava — o próprio cantor está entre as vítimas confirmadas.
Equipes de resgate seguem trabalhando intensamente na busca por sobreviventes sob os escombros. Na terça-feira (8), bombeiros ainda relataram ter ouvido pedidos de socorro vindos dos destroços.
O episódio abalou o país. A Jet Set era uma das discotecas mais tradicionais e conhecidas de Santo Domingo. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento em que parte da estrutura desaba.
Entre as vítimas está também a governadora da província de Montecristi, Nelsy Cruz. De acordo com autoridades, ela conseguiu telefonar para o presidente informando que estava presa nos escombros, mas não resistiu.
Os ex-jogadores de beisebol Octavio Dotel e Tony Enrique Blanco Cabrera também morreram na tragédia.
“Foi tudo muito rápido. Consegui me jogar em um canto”, contou Enrique Paulino, empresário de Rubby Pérez, que inicialmente estava desaparecido, mas teve a morte confirmada ainda na terça-feira (8).
Do lado de fora da boate, uma multidão se formou desde as primeiras horas após o colapso, na tentativa de localizar parentes e amigos.
O presidente da República Dominicana, Luis Abinader, afirmou que todas as agências de emergência estão mobilizadas. “Lamentamos profundamente a tragédia ocorrida na boate Jet Set. Desde o primeiro momento, estamos acompanhando a situação de perto”, escreveu em uma rede social. O presidente visitou o local, mas preferiu não falar com a imprensa.
Nos hospitais da capital, uma lista com os nomes dos sobreviventes era lida em voz alta enquanto familiares aflitos buscavam notícias.
