Vencedor do Oscar na categoria Melhor Filme Internacional, “Ainda Estou Aqui” segue cada vez mais aclamado. O longa dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, que chegou ao catálogo do Globoplay no último dia 6 abril, impulsionou o interesse do público pela história de Eunice Paiva. De acordo com dados do Google Trends, as pesquisas pelo nome da advogada e uma das principais ativistas pelos direitos humanos no Brasil cresceram 300%.
Interpretada por Fernanda Torres, Eunice Paiva conquistou destaque no cenário político brasileiro durante sua incansável luta para descobrir o paradeiro do marido, ex-deputado Rubens Paiva, que desapareceu durante a ditadura militar. O seu túmulo, inclusive, se tornou um verdadeiro ponto turístico após o sucesso de “Ainda Estou Aqui”. A lápide fica localizada em uma capelinha azul no Cemitério do Araçá, em São Paulo. Mãe de cinco filhos, ela conviveu com o Alzheimer por 14 anos e faleceu em 13 de dezembro de 2018, aos 86 anos.
Em seu livro homônimo que deu origem ao filme, Marcelo Rubens Paiva narra como foram os últimos anos de vida de sua mãe. “Seu orgulho era maior do que seu esquecimento. Jamais sentiria pena de si mesma. Nem queria que sentíssemos pena dela. Jamais pediu ajuda“, diz um trecho da obra.