Carol Ribeiro desfilou nesta segunda-feira (7), para a grife de Alexandre Herchcovitch no São Paulo Fashion Week, em um momento simbólico e emocionante para a modelo. O retorno às passarelas acontece poucos dias após ela revelar publicamente que foi diagnosticada com esclerose múltipla — uma doença neurológica, crônica e autoimune que afeta o sistema nervoso central. As informações são do gshow.
O momento teve um gostinho de reencontro com suas origens. A top relembrou os primeiros passos na moda, quando ainda fazia os primeiros desfiles em Belém e não imaginava que seguiria carreira como modelo: “Conheci o Alexandre em 95. Cheguei em São Paulo em agosto de 95, participei de um concurso… No dia seguinte, teve o desfile do Reinaldo [Lourenço] de manhã e, à noite, às seis da tarde, o desfile do Alexandre. Então, para mim, eu lembro da alegria que foi, logo em seguida do concurso, já estar nesse ritmo.”
“Na época, eu era de uma agência de modelos. Meu primeiro trabalho foram esses dois desfiles, e logo pro Alexandre. Sendo que, um ano antes — e eu nem pensava em vir pra São Paulo, nem pensava em ser modelo, eu só fazia uns trabalhinhos em Belém, uns desfiles em shopping — mas nunca pensei que levaria a carreira a sério mesmo.”
E a sintonia com Alexandre é tanta, que ele foi uma das poucas pessoas a saber o diagnóstico de Carol: “O Ale sabia, porque eu tinha trabalhado com ele antes — ele fez minha roupa do Oscar no ano passado — então comentei com ele. Aí eu ia para o estúdio, estava trabalhando com a equipe, e sempre comentava com o pessoal da TV.”
“Eu lembro que tive o diagnóstico quando voltei do Oscar, em março. Aí voltei nos médicos, tudo… então, em abril de 2024, tive o diagnóstico final.”
“E, na minha cabeça, hoje, um ano depois, está tudo muito bem organizado, muito bem trabalhado. Eu estou muito bem, fisicamente, mentalmente, de saúde mesmo — melhor do que antes. E, quando falo isso, não é para animar ninguém. É porque é de verdade”, disse ela ao gshow.
A modelo explica que enfrentou alguns sintomas iniciais, como visão turva, movimento lento, fala pesada: “E o meu gatilho, no caso, eram ambientes muito quentes, muita movimentação e lugares quentes. Quando eu cansava, quando eu estava muito cansada e perto do ciclo menstrual.”
“Fui correr atrás de um tratamento que me fizesse bem para esses sintomas, porque os sintomas ficam com você, independente do tratamento que você faça. Aí entra alimentação, musculação — coisas que eu nunca fiz muito bem. Eu achava que fazia, mas não fazia, não dava muito valor. Comecei a fazer, e isso já é uma melhora absurda, real.”
“Eu não quero falar em ‘cura’, porque os médicos mesmos não falam. Mas, assim… por que não? Tudo é possível.”
Carol diz ainda que pretende falar mais sobre o assunto, com o objetivo de trazer conscientização: “Eu tenho esclerose múltipla, ela não é a minha vida. Eu continuaria a minha vida igual, independente de ter falado sobre isso ou não.”
“Mas que isso sirva realmente para uma mudança. Para que as pessoas observem de outra forma, busquem tratamento, percam o preconceito. E, assim, quanto mais cedo você descobre, a tua chance, não vou dizer que é 100%, mas a tua chance é gigante de não ter nada nunca na vida.”
As informações são do gshow.