O velório da jornalista Wanda Chase contou com um cortejo das bandas Didá e Olodum. A comunicadora era uma das maiores militantes do movimento negro na Bahia.
A cerimônia ocorreu no cemitério do Campo Santo, em Salvador, e reuniu familiares e amigos, como Carlinhos Brown e Clarindo Silva.
Ver essa foto no Instagram
A comunicadora faleceu na manhã desta quinta-feira (3), aos 74 anos, após ser submetida a uma cirurgia de urgência no Hospital Teresa Lisieux. Ela foi diagnosticada com uma aneurisma dissecante da aorta.
A morte foi confirmada por familiares nas redes sociais da própria jornalista. “Sua partida deixa um vazio irreparável, mas seu legado de luta, perseverança e paixão pela vida e pela justiça social continuará a inspirar gerações futuras. Para nós, seus familiares, Wanda é referência de alegria, determinação, sensatez, honestidade e competência”, diz a publicação.
Legado e trajetória
Nascida no Amazonas, Wanda Chase fez história no jornalismo, destacando-se como uma das primeiras mulheres negras a ocupar espaços de relevância na mídia brasileira. Com uma carreira marcada pelo ativismo e pela defesa da representatividade, atuou em veículos como Jornal A Crítica, Rede Manchete, TV Cabo Branco, Rede Globo Nordeste e TV Bahia, onde permaneceu por 27 anos.
Militante do movimento negro, Wanda sempre utilizou sua voz para dar visibilidade às questões raciais e sociais. Mesmo após se aposentar, seguiu ativa na comunicação, escrevendo para o Portal iBahia e desenvolvendo um livro sobre a Axé Music.
No Carnaval deste ano, trabalhou intensamente na cobertura da festa pelo jornal A Tarde, acompanhando de perto o circuito Barra-Ondina. Ela também estava prestes a receber o Título de Cidadã Baiana, homenagem que foi adiada em março devido a problemas de saúde.
