A jornalista Rita Batista usou as redes sociais nesta quinta-feira (3) para prestar uma homenagem emocionante a Wanda Chase, que faleceu durante a madrugada. Em seu relato, Rita destacou que a relação entre elas ia muito além do profissional, ressaltando a conexão profunda que tinham.
“‘A decana do jornalismo baiano’, assim a reverenciava em toda e qualquer oportunidade, em alto e bom som, para quem pudesse ouvir e ter certeza de que estávamos no mesmo espaço que ela. Wanda me ensinou com sua presença marcante, sua postura austera, texto e entonação contundentes que é nosso dever fazermos uma comunicação que vibre pela igualdade, exija direitos e lembre a todo tempo que o racismo é crime e deve ser combatido com rigor“, disse.
A jornalista seguiu com sua homenagem e mostrou o quanto a amiga também era uma referência em sua vida enquanto mulher. “Ela me posicionava. Ela me corrigia. Ela me justificava. Ela me defendia. Ela também me afagava. Éramos amigas e mais: mestre e aprendiz”, afirma.
“Ela me ensinou a rezar antes de comer, em silêncio, no restaurante ou em casa. Ela me mostrou como ficar um passo diagonal ao entrevistado (a) para que o cinegrafista tivesse o melhor ângulo. Ela me impulsionou a continuar na profissão nos meus PIORES momentos”.
Por fim, a jornalista destacou o quanto segue impactada pela notícia inesperada da morte da amiga, que se tornou um ícone do jornalismo cultural na Bahia e uma voz ativa na luta contra o racismo. “Minha “darling”, hoje o meu mundo fica menos elegante, discretamente alegre, sensivelmente inteligente e interessante”, finalizou.
A despedida de Wanda Chase segue comovendo amigos, colegas de profissão e admiradores, que têm utilizado as redes sociais para relembrar sua trajetória e contribuição para o jornalismo. Seu enterro está marcado para o próximo sábado (5), no cemitério do Campo Santo, na Federação.
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