O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou nesta quarta-feira (2) a prisão preventiva de Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio.
Ele é réu em uma ação penal por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e, segundo a decisão, teria fugido para a Argentina para evitar a aplicação da lei penal.
Léo Índio, que é primo dos filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, teve o passaporte cancelado pelo STF em janeiro de 2023. No entanto, conseguiu ingressar no país vizinho utilizando apenas o documento de identidade, já que o Mercosul dispensa a exigência de passaporte entre seus membros.
Justificativa
A decisão de Moraes atende a um pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que solicitou a prisão preventiva para garantir que o réu responda ao processo no Brasil.
O ministro argumentou que Léo Índio demonstrou “ampla intenção de sair do território nacional para se evadir do distrito de culpa”, reforçando a necessidade da prisão.
Além disso, documentos apresentados pela defesa indicam que ele obteve uma autorização para permanecer na Argentina até junho de 2025, o que, segundo Moraes, reforça a tentativa de se manter fora do alcance da Justiça brasileira.
A Polícia Federal foi comunicada da decisão, e o mandado de prisão foi incluído no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP).