Cenário de ‘Ainda Estou Aqui’, confeitaria no Rio vê faturamento crescer 20% após prêmios

Cenário de ‘Ainda Estou Aqui’, confeitaria no Rio vê faturamento crescer 20% após prêmios

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

José Mion/Alô Alô Bahia com informações do Estadão

Guia Cultural do Centro do Rio

Publicado em 18/03/2025 às 09:46 / Leia em 3 minutos

A médica e empresária Fabiula Gonzalez Lopez viu o crescimento da confeitaria de sua família crescer em 20% depois do espaço virar cenário do filme “Ainda Estou Aqui”, ganhador do Oscar de Melhor Filme Internacional, no começo do mês. Ela é filha de Benito Gonzalez Lopez, de 90 anos, atualmente único sócio da Manon, inaugurada em 1942 por um grupo de portugueses e comprada por um grupo de espanhóis na década de 1960.

A confeitaria, que fica em um prédio tombado pela Prefeitura do Rio de Janeiro em 1993, no Centro do Rio de Janeiro, foi adaptada para se parecer com a lanchonete Chaika, frequentada pela família de Eunice Paiva, personagem de Fernanda Torres, com atividades encerradas em 2012.

Confeitaria foi cenário de momentos felizes… (Foto: Reprodução/Globoplay)

No longa-metragem de Walter Salles, a Manon é plano de fundo de duas cenas de destaque, que refletem a mudança provocada pelo desaparecimento de Rubens Paiva. Na primeira, o local é cenário de uma celebração em família. Já a segunda retrata uma nova reunião familiar, agora sem a presença do patriarca, preso e morto pela ditadura militar.

Segundo a gestora do espaço, em entrevista ao Estadão, a Manon já havia sido cenário para outras produções, incluindo o filme “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, premiado como Melhor Filme da mostra “Um Certo Olhar”, no Festival de Cannes, em 2019. De acordo com Fabiula, a repercussão de “Ainda Estou Aqui” atraiu novos clientes nos últimos três meses, logo após Fernanda Torres conquistar o Globo de Ouro de Melhor
Atriz.

… e tristes, após sumiço de Rubens Paiva (Foto: Reprodução/Globoplay)

“Eu não imaginava um impacto tão grande assim. O centro do Rio de Janeiro costuma ficar vazio em fevereiro, porque o foco é o Carnaval, mas neste ano foi diferente”, explica a médica e empresária. “(O filme) melhorou o movimento em todo o centro histórico, despertou a curiosidade das pessoas, que vêm para cá almoçar, mas circulam por toda a região, para conhecer mais a história”, conta.

Nas visitas, os clientes pedem para sentar e tirar fotos na mesa em que a família Paiva se reuniu no filme. Tem cliente que até chora. “Sinto que virou um ponto turístico”, afirma Fabiula, que viu seu espaço ser frequentado não mais apenas por moradores do Rio de Janeiro, mas de outros Estados e países, incluindo Rússia e Zâmbia.

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