Saiba quem são as confeiteiras por trás das festas mais luxuosas de Salvador

Saiba quem são as confeiteiras por trás das festas mais luxuosas de Salvador

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Maysa Polcri, do Correio

Marina Silva / CORREIO

Publicado em 03/03/2025 às 17:21 / Leia em 4 minutos

Quando Lore Improta completou 15 anos, ela estava lá. Aos 31, também. Nos aniversários da pequena Liz, filha da dançarina com Léo Santana, sua assinatura é garantida. Os bolos de Ivana Simões são os queridinhos das festas luxuosas que movimentam Salvador. Aos 71 anos, a confeiteira não planeja parar e manda um recado para os concorrentes. “Cada um deve lutar e conquistar seu espaço”, diz.

Já são quatro décadas fazendo o que mais ama: se conectar com as histórias dos clientes e produzir um bolo para cada data especial. Quando a encomenda é para festas e convidados de luxo, a pressão é ainda maior. Nada pode sair fora do combinado, e cada detalhe conta. Ivana Simões, a ‘rainha dos bolos’, está acostumada com a responsabilidade.

Bolo do aniversário da filha de Lore Improta e Léo Santana foi assinado por Ivana Simões

Com mais três funcionárias, ela produz cerca de seis bolos por semana, uma média de 260 por ano. A lista de clientes fiéis é extensa e vai de artistas, até empresários e políticos. No aniversário de 15 anos da filha de Bruno Reis, prefeito de Salvador, o bolo de quatro andares foi feito pela confeiteira. Casamentos e batizados integram a lista. Ela diz que a fórmula para o sucesso passa até pelo signo.

“Eu sou virginiana, então já sabe, né? É muito perfeccionismo, não largo mão de acompanhar tudo de perto”, garante. Não é raro que o trabalho adentre a madrugada. A família até ensaia pedir a aposentadoria, mas Ivana Simões ainda não pensa em parar. “Os filhos e o marido pedem, mas eu não quero. Acho que dá para trabalhar mais uns aninhos. Tô de pé, lúcida e tenho boas ideias”, completa.

A vontade de permanecer firme no trabalho já foi até motivo de fofoca no universo da confeitaria soteropolitana. “Já soube que tem gente que comenta assim: ‘por que Ivana não para de fazer bolo para deixar espaço para a gente?'”, conta, em tom bem humorado. Mas Ivana não se intimida.

“Eu não passo por cima de ninguém, não tomo encomenda de ninguém. Tenho ética e profissionalismo. Acho que cada um deve lutar e conquistar seu espaço, dando o melhor de si, se profissionalizando e se atualizando”, completa.

Quem chega agora
Se de uma lado há quem tenha experiência de uma vida, outros nomes começam a despontar no mundo da confeitaria. Caso de Julia Overbeck, de 26 anos. A jovem, que começou vendendo doces na faculdade de Gastronomia, acumula mais de 23,3 mil seguidores nas redes sociais e muitos bolos decorados.

Eles são de todos os tipos. Clássicos brancos para casamentos, infantis com temas de desenhos animados e com muitas flores nos detalhes. Os estudos foram intensificados durante a temporada no Canadá, onde Julia estudou na Le Cordon Bleu, que oferece um dos cursos mais conceituados na área. A técnica, no entanto, é aprimorada a cada nova encomenda.

“Sempre tive facilidade de assistir coisas e aprender na tentativa e na falha. Eu faço até ficar bom. Durante a pandemia, comecei a testar e gravar receitas, foi quando tive um crescimento nas redes sociais”, conta. Julia se tornou mais conhecida, e a lista de clientes cresceu.

A cada novo pedido, um orçamento personalizado é feito pela confeiteira. Quanto mais detalhes, maior o tempo de preparo e mais caro o bolo. Uma das encomendas mais especiais da carreira de Julia não foi vendida, mas deu muito trabalho. Durante um mês, ela preparou 900 orquídeas de açúcar feitas a mão para decorar o bolo de casamento da irmã mais velha.

Um bolo como o do casamento da irmã não sai por menos de R$ 3 mil. Além da complexidade dos detalhes, o tamanho também conta. Um bolo de apenas um andar custa, em média, R$1 mil. Quem admira pelas imagens, dificilmente deixa de se perguntar se o doce é comestível.

As confeiteiras explicam que os bolos são cenográficos na maior parte das celebrações. Os preços pagos pelos clientes incluem, além da cenografia, o bolo “de verdade”, que é servido aos convidados. “Em alguns casos, os noivos pedem para que uma parte seja comestível para fazer o primeiro corte”, explica Ivana Simões.

Com informações de Correio

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